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El Niño se assevera e pode ficar mais crítico, diz Conab

Ele comentou que o produtor tem aproveitado janelas para instalar suas lavouras e disse que não há agricultura sem a preocupação com o desempenho das chuvas

Ondas causadas pelo fenômeno do El Niño: "Uma melhora do El Niño é esperada só para meados de março ou abril", diz previsão (Jon Sullivan/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 13h11.

Brasília - O diretor de Política Agrícola e Informações, João Marcelo Intini, da Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ), comentou nesta sexta-feira, 11, que o efeito climático El Niño, que atrapalha a produção brasileira de grãos, se assevera e tende a ficar ainda mais crítico nas próximas semanas.

"Uma melhora do El Niño é esperada só para meados de março ou abril", previu.

Apesar dessa expectativa negativa e dos efeitos já vistos agora decorrentes das condições climáticas, o diretor salientou que a Conab manteve a previsão de safra recorde. "Mantemos essa tendência de safra recorde", disse.

Ele comentou que o produtor tem aproveitado janelas para instalar suas lavouras e disse que não há agricultura sem a preocupação com o desempenho das chuvas.

O maior temor com as precipitações, conforme Intini, se dá mais no Sul do País.

"Teremos de ver o que ocorrerá com a safra de arroz, por exemplo, se houver permanência dos índices de chuva acima da média histórica", afirmou.

No centro do País, destacou, os efeitos são mitigados pela adequação de uma janela de plantio.

Ele disse também que os investimentos não deixam de existir, apesar da constatação de queda informada pelo Ministério da Agricultura para a produção agrícola.

Matopiba

Intini informou que o quadro climático afetou significativamente a qualidade das lavouras.

"No Matopiba (acrônimo criado com as iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por exemplo, as chuvas estão mais fracas do que a média histórica. É um quadro de observação, mas ainda há muito o que ocorrer em termos de consolidação climática", afirmou.

Já no Rio Grande do Sul, com o excesso de chuvas, arroz e no trigo, segundo o técnico, demandam "alguma atenção".

"As restrições pelas condições climáticas para o trigo foram muito nítidas. Estamos finalizado levantamento sobre a quantidade e a qualidade do trigo produzido com o excesso de chuva."

O diretor disse também que há estabilidade para o plantio de milho e de soja e derivados e que os outros produtos não geram grande preocupação.

"Estamos preocupados com o feijão no Paraná. Pode haver comprometimento da qualidade mas, no restante, há tendência similar de desenvolvimento da lavoura e pode ser decorrente de certo atraso do plantio, por causa do atraso da chegada das chuvas em algumas regiões do País", comentou.

Para Intini, o plantio da soja deve ter padrão parecido com das safras anteriores, com uma pequena expansão de área plantada.

"Das grandes regiões produtoras, estamos finalizando a safra de inverno e instalando a nova safra de verão", lembrou.

No caso do algodão, há uma redução da área plantada por causa da concorrência com a área de soja, em especial na Bahia.

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Brasília - O diretor de Política Agrícola e Informações, João Marcelo Intini, da Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ), comentou nesta sexta-feira, 11, que o efeito climático El Niño, que atrapalha a produção brasileira de grãos, se assevera e tende a ficar ainda mais crítico nas próximas semanas.

"Uma melhora do El Niño é esperada só para meados de março ou abril", previu.

Apesar dessa expectativa negativa e dos efeitos já vistos agora decorrentes das condições climáticas, o diretor salientou que a Conab manteve a previsão de safra recorde. "Mantemos essa tendência de safra recorde", disse.

Ele comentou que o produtor tem aproveitado janelas para instalar suas lavouras e disse que não há agricultura sem a preocupação com o desempenho das chuvas.

O maior temor com as precipitações, conforme Intini, se dá mais no Sul do País.

"Teremos de ver o que ocorrerá com a safra de arroz, por exemplo, se houver permanência dos índices de chuva acima da média histórica", afirmou.

No centro do País, destacou, os efeitos são mitigados pela adequação de uma janela de plantio.

Ele disse também que os investimentos não deixam de existir, apesar da constatação de queda informada pelo Ministério da Agricultura para a produção agrícola.

Matopiba

Intini informou que o quadro climático afetou significativamente a qualidade das lavouras.

"No Matopiba (acrônimo criado com as iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por exemplo, as chuvas estão mais fracas do que a média histórica. É um quadro de observação, mas ainda há muito o que ocorrer em termos de consolidação climática", afirmou.

Já no Rio Grande do Sul, com o excesso de chuvas, arroz e no trigo, segundo o técnico, demandam "alguma atenção".

"As restrições pelas condições climáticas para o trigo foram muito nítidas. Estamos finalizado levantamento sobre a quantidade e a qualidade do trigo produzido com o excesso de chuva."

O diretor disse também que há estabilidade para o plantio de milho e de soja e derivados e que os outros produtos não geram grande preocupação.

"Estamos preocupados com o feijão no Paraná. Pode haver comprometimento da qualidade mas, no restante, há tendência similar de desenvolvimento da lavoura e pode ser decorrente de certo atraso do plantio, por causa do atraso da chegada das chuvas em algumas regiões do País", comentou.

Para Intini, o plantio da soja deve ter padrão parecido com das safras anteriores, com uma pequena expansão de área plantada.

"Das grandes regiões produtoras, estamos finalizando a safra de inverno e instalando a nova safra de verão", lembrou.

No caso do algodão, há uma redução da área plantada por causa da concorrência com a área de soja, em especial na Bahia.

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