Mulheres yazidis que fugiram da cidade de Sinjar por causa da violência jihadista: em agosto do ano passado, o EI ocupou a cidade iraquiana de Sinjar, onde sequestrou centenas de mulheres (Safin Hamed/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2015 às 15h24.
Beirute - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) vendeu nesta quinta-feira 42 prisioneiras yazidis em uma de suas bases na cidade de Al Mayadin, no leste da província síria de Deir al Zur, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A ONG, que cita ativistas no terreno, afirmou que as reféns foram transferidas ao amanhecer de um edifício dessa cidade, onde estavam retidas, a um de seus quartéis.
Em sua base, os jihadistas venderam as mulheres por quantias que oscilavam entre US$ 500 e US$ 2.000, destacou o Observatório, que não ofereceu dados sobre os compradores.
A fonte destacou ainda que se desconhece o paradeiro dos menores de idade yazidis que estavam com as prisioneiras.
Os yazidis, de etnia curda e cuja religião se baseia no zoroastrismo, são um dos principais alvos do EI, que os considera infiéis.
Em agosto do ano passado, o EI ocupou a cidade iraquiana de Sinjar, onde sequestrou centenas de mulheres desta minoria religiosa que transferiu posteriormente a diferentes prisões localizadas nas áreas que controla no norte do Iraque e na Síria.
Após a tomada de Sinjar, o EI entregou quase 300 mulheres yazidis que tinha capturado no Iraque a seus milicianos na Síria em troca de dinheiro, por considerá-las "botim da guerra contra os hereges", segundo informou então o Observatório.
O EI proclamou há quase um ano um califado em áreas do território da Síria e do Iraque.