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EI mata pelo menos 93 pessoas em 3 atentados em Bagdá

O ataque mais mortífero ocorreu no distrito de maioria xiita de Cidade de Sadr, onde morreram 64 pessoas e 87 ficaram feridos após a explosão de um veículo

Ataque: outro atentado no bairro de maioria xiita de Al Kazemiya provocou a morte de pelo menos 17 pessoas e deixou outras 43 feridas (Wissm al-Okili / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2016 às 16h16.

Bagdá - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) matou nesta quarta-feira pelo menos 93 pessoas e deixou outras 161 feridas em três atentados realizados em Bagdá, em um dos dias mais sangrentos dos últimos meses no Iraque .

O ataque mais mortífero ocorreu no distrito de maioria xiita de Cidade de Sadr, onde morreram 64 pessoas e 87 ficaram feridos após a explosão de um veículo carregado de explosivos nos arredores do mercado de Al Dajel, informou à Agência Efe uma fonte policial.

Em comunicado, a filial do EI na capital iraquiana, Wilayat Badgá, assumiu a autoria do ataque e informou que o atentado foi realizado por um de seus membros, Abu Suleiman al Ansari.

Além disso, os jihadistas elevaram o número de vítimas fatais para 70 e mais de cem feridos, informou a agência de notícias "Amaq", ligada à organização extremista.

Al Ansari teria conseguido chegar até um grande grupo de milicianos xiitas da Multidão Popular, chamados pelo comunicado do EI de "renegados".

A fonte policial consultada pela Efe informou que o ataque causou também grandes danos materiais na região, onde dezenas de lojas foram destruídas e cerca de 15 veículos ficaram carbonizados.

As forças de segurança cercaram o local da explosão para facilitar a transferência dos feridos aos hospitais. Alguns deles não resistiram aos ferimentos e morreram, aumentando consideravelmente o número inicial de vítimas mortais.

Um morador da Cidade de Sadr, que se identificou como Abu Haidar, afirmou à Efe sua indignação pelo ocorrido.

"As pessoas que frequentam o mercado são os pobres, então por que o governo não nos oferece proteção? Nosso sangue por acaso não tem valor?", questionou.

Outro morador da região, Abdelhusein Abdullah, concordou com seu vizinho, e afirmou que os "círculos políticos desejam confundir as coisas e incendiar o Iraque com discórdias. Esses círculos sectários e o EI são dois lados de uma mesma moeda".

Além disso, Abdullah revelou que foi procurar um amigo, que tinha ido ao mercado pela manhã, mas não o encontro entre as vítimas.

"Espero que ele só tenha ficado ferido e esteja internado em um hospital", acrescentou o morador da capital iraquiana.

Por fim, responsabilizou as forças de segurança pelo ocorrido e pediu a demissão dos funcionários do alto escalão da Polícia, já que os ataques contra o bairro "têm se repetido ultimamente".

Outro atentado no bairro de maioria xiita de Al Kazemiya provocou a morte de pelo menos 17 pessoas e deixou outras 43 feridas. Além disso, um terceiro ataque no distrito de Al-Jamea causou a morte de mais 12 pessoas, além de 31 feridos.

Em comunicado assinado também pela Wilayat Bagda e divulgado em fóruns jihadistas, o grupo afirmou que os dois ataques foram realizados por Anis al Ansari e Abu Abdelmalek al Ansari.

Assim como o atentado de Cidade de Sadr, eles tiveram como alvo membros da milícia xiita Multidão Popular.

O primeiro deles foi perpetrado por um "mártir" que detonou seu colete de explosivos, enquanto o segundo ocorreu em um posto de controle da milícia, acrescentou a nota.

No entanto, uma fonte da polícia da Iraque explicou que ambos foram realizados com carros-bomba.

Em Al Kazemiya está o mausoléu xiita do imã Moussa al Kazem, cujo aniversário de morte foi celebrado no início do mês.

No último dia 30 de abril, pelo menos 24 pessoas morreram e 39 ficaram feridas em outro atentado com carro-bomba em um mercado popular nesse bairro, que recebia peregrinos xiitas devido à celebração religiosa.

O bairro de Cidade de Sadr, onde vivem muitos seguidores do destacado clérigo xiita Moqtada al-Sadr, que atualmente mantém uma queda de braço com as autoridades, é com frequência alvo de atentados dos extremistas sunitas.

Em fevereiro, 55 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em um duplo atentado suicida realizado no distrito, cuja autoria foi assumida pelo EI.

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Bagdá - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) matou nesta quarta-feira pelo menos 93 pessoas e deixou outras 161 feridas em três atentados realizados em Bagdá, em um dos dias mais sangrentos dos últimos meses no Iraque .

O ataque mais mortífero ocorreu no distrito de maioria xiita de Cidade de Sadr, onde morreram 64 pessoas e 87 ficaram feridos após a explosão de um veículo carregado de explosivos nos arredores do mercado de Al Dajel, informou à Agência Efe uma fonte policial.

Em comunicado, a filial do EI na capital iraquiana, Wilayat Badgá, assumiu a autoria do ataque e informou que o atentado foi realizado por um de seus membros, Abu Suleiman al Ansari.

Além disso, os jihadistas elevaram o número de vítimas fatais para 70 e mais de cem feridos, informou a agência de notícias "Amaq", ligada à organização extremista.

Al Ansari teria conseguido chegar até um grande grupo de milicianos xiitas da Multidão Popular, chamados pelo comunicado do EI de "renegados".

A fonte policial consultada pela Efe informou que o ataque causou também grandes danos materiais na região, onde dezenas de lojas foram destruídas e cerca de 15 veículos ficaram carbonizados.

As forças de segurança cercaram o local da explosão para facilitar a transferência dos feridos aos hospitais. Alguns deles não resistiram aos ferimentos e morreram, aumentando consideravelmente o número inicial de vítimas mortais.

Um morador da Cidade de Sadr, que se identificou como Abu Haidar, afirmou à Efe sua indignação pelo ocorrido.

"As pessoas que frequentam o mercado são os pobres, então por que o governo não nos oferece proteção? Nosso sangue por acaso não tem valor?", questionou.

Outro morador da região, Abdelhusein Abdullah, concordou com seu vizinho, e afirmou que os "círculos políticos desejam confundir as coisas e incendiar o Iraque com discórdias. Esses círculos sectários e o EI são dois lados de uma mesma moeda".

Além disso, Abdullah revelou que foi procurar um amigo, que tinha ido ao mercado pela manhã, mas não o encontro entre as vítimas.

"Espero que ele só tenha ficado ferido e esteja internado em um hospital", acrescentou o morador da capital iraquiana.

Por fim, responsabilizou as forças de segurança pelo ocorrido e pediu a demissão dos funcionários do alto escalão da Polícia, já que os ataques contra o bairro "têm se repetido ultimamente".

Outro atentado no bairro de maioria xiita de Al Kazemiya provocou a morte de pelo menos 17 pessoas e deixou outras 43 feridas. Além disso, um terceiro ataque no distrito de Al-Jamea causou a morte de mais 12 pessoas, além de 31 feridos.

Em comunicado assinado também pela Wilayat Bagda e divulgado em fóruns jihadistas, o grupo afirmou que os dois ataques foram realizados por Anis al Ansari e Abu Abdelmalek al Ansari.

Assim como o atentado de Cidade de Sadr, eles tiveram como alvo membros da milícia xiita Multidão Popular.

O primeiro deles foi perpetrado por um "mártir" que detonou seu colete de explosivos, enquanto o segundo ocorreu em um posto de controle da milícia, acrescentou a nota.

No entanto, uma fonte da polícia da Iraque explicou que ambos foram realizados com carros-bomba.

Em Al Kazemiya está o mausoléu xiita do imã Moussa al Kazem, cujo aniversário de morte foi celebrado no início do mês.

No último dia 30 de abril, pelo menos 24 pessoas morreram e 39 ficaram feridas em outro atentado com carro-bomba em um mercado popular nesse bairro, que recebia peregrinos xiitas devido à celebração religiosa.

O bairro de Cidade de Sadr, onde vivem muitos seguidores do destacado clérigo xiita Moqtada al-Sadr, que atualmente mantém uma queda de braço com as autoridades, é com frequência alvo de atentados dos extremistas sunitas.

Em fevereiro, 55 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em um duplo atentado suicida realizado no distrito, cuja autoria foi assumida pelo EI.

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