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EI mantém 50 civis como reféns no centro da Síria

Os civis foram sequestrados em Mabuje, na província de Hama, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos

Rebeldes caminham em meio a escombros em Marea, no norte de Aleppo (Zein al-Rifai/AFP)

Rebeldes caminham em meio a escombros em Marea, no norte de Aleppo (Zein al-Rifai/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2015 às 09h12.

Beirute - O grupo Estado Islâmico (EI) mantém sequestrados pelo menos 50 civis que foram capturados durante um ataque contra uma localidade do centro da Síria, há 10 dias, acusou uma ONG.

Os civis foram sequestrados em Mabuje, na província de Hama, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O sequestro não havia sido anunciado para não prejudicar as negociações para a libertação dos reféns. Mas estas fracassaram, explicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Dez reféns, incluindo seis mulheres, são ismaelitas, uma corrente minoritária do islã xiita. Os outros 40 - pelo menos 15 mulheres - são sunitas.

"Tememos que as mulheres sejam tratadas como escravas", disse Rahman.

De acordo com o diretor da ONG, os jihadistas sequestraram os ismaelitas porque os consideram "infiéis". Os sunitas teriam sido levados porque o EI os considerou leais aos ismaelitas.

Em Mabuje, ao leste da cidade de Hama, convivem sunitas, ismaelitas e alauitas, outro braço do xiismo professado pelo presidente Bashar al-Assad.

Em 31 de março, o EI executou pelo menos 37 civis na localidade, incluindo duas crianças, que foram queimados, decapitados e alvos de tiros, segundo o OSDH.

Os grupos minoritários são alvos frequentes dos ataques dos jihadistas na Síria, sobretudo os xiitas, que são considerados apóstatas, mas também os sunitas que se afastam da interpretação extremista do EI ao islã.

O EI sequestrou grupos de curdos e cristãos assírios no país, assim como integrantes da minoria yazidi, no vizinho Iraque.

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