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Egito e Catar se reúnem com Hamas em Doha

Hamas e Israel se acusam mutuamente de não aceitarem a proposta de cessar-fogo dos EUA

O ministro das Relações Exteriores em exercício do Irã, Ali Bagheri (E), se encontra com seu homólogo jordaniano Ayman Safadi (D) em Teerã em 4 de agosto de 2024. O ministro das Relações Exteriores da Jordânia embarcou em uma rara visita a Teerã em 4 de agosto, informou a mídia estatal, à medida que os temores de escalada entre Irã e Israel aumentam após o assassinato do chefe do Hamas, Ismael Haniyeh (AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 12 de setembro de 2024 às 08h39.

Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 08h41.

Funcionários de alto escalão de Egito e Catar, os principais mediadores entre Hamas e Israel, tiveram na quarta-feira, 11, em Doha, capital do Catar, uma reunião com representantes do grupo islâmico palestino que é “um sinal de esperança” para uma trégua na guerra naFaixa de Gaza, declarou uma fonte egípcia de “alto escalão”.

“As conversas foram caracterizadas pela seriedade e constituem um sinal de esperança para o fim da crise”, declarou a fonte, não identificada, a Al QaheraNews, veículo de imprensa ligado aos serviços de inteligência do Egito.

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A fonte afirmou que as conversas, que foram realizadas na capital do Catar e “concluídas” nesta quarta-feira, contaram com a presença do primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abdulrahman; do chefe de inteligência do Egito, Abbas Kamel; e de “uma delegação do Hamas” liderada pelo número dois do grupo, Khalil Al Haya.

A fonte não divulgou mais detalhes sobre o conteúdo da reunião ou se o grupo palestino desistiu de alguma de suas exigências para chegar a um entendimento sobre uma trégua que permitiria uma troca de reféns por prisioneiros.

O encontro é o primeiro anunciado em relação às negociações desde o final de agosto, quando equipes de mediação de Egito, Catar e Estados Unidos realizaram uma série de reuniões no Cairo e em Doha para “pressionar” Israel e Hamas a preencherem as lacunas existentes, disseram à Agência EFE fontes próximas às negociações na época.

Hamas e Israel se acusam mutuamente de não aceitarem a proposta de cessar-fogo anunciada em maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

O grupo palestino reiterou que aceita a oferta, mas insiste que um acordo de trégua deve incluir a retirada israelense de Gaza, especialmente do corredor Filadélfia, na fronteira entre o território palestino e o Egito, onde está localizada a passagem terrestre de Rafah.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insiste em manter tropas do país no corredor Filadélfia, que ele considera essencial para a segurança nacional.

O local está ocupado por tropas israelenses desde maio, quando elas invadiram a cidade de Rafah e capturaram o lado de Gaza da passagem de fronteira com o Egito, país que também rejeita categoricamente a presença israelense na região.

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