Efeitos do choque de energia na Europa são "substanciais e contínuos", diz IIF
Por fim, o relatório afirma que a queda na produção intensiva deve provocar uma recessão na zona do euro
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 15h00.
Última atualização em 26 de janeiro de 2023 às 15h27.
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) disse, em relatório, que o choque de energia na Europa ainda não chegou ao fim e que segue "substancial e contínuo" em seus efeitos, visto que os preços do gás natural no continente estão entre 220% e 230% acima das médias de antes da pandemia de covid-19.
Um dos principais destaques que justificam o cenário contínuo de crise na Europa são as "evidências de que a produção em setores intensivos de energia continua reprimida", de acordo com o IIF. Um dos exemplos do relatório é a produção das indústrias química e farmacêutica da Alemanha, que atualmente se encontram 15% abaixo de seus níveis pré-choque de energia.
Por fim, o relatório afirma que a queda na produção intensiva deve provocar uma recessão na zona do euro, o que tornará "difícil de justificar futuros aumentos de taxa de juro pelo Banco Central Europeu (BCE)".
Para o IIF, o recuo recente nos preços de gás podem ser um sinal errôneo quanto à recuperação do euro.