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Educação e governos honestos são prioridades, diz ONU

Segundo pesquisa, educação e a saúde são algumas das principais prioridades dos cidadãos do mundo

Funcionários da ONU checam equipamentos e microfones para a Assembleia-geral da ONU, na sede da organização em Nova York (Eduardo Munoz/Reuters)

Funcionários da ONU checam equipamentos e microfones para a Assembleia-geral da ONU, na sede da organização em Nova York (Eduardo Munoz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 22h09.

Nações Unidas - A educação e a saúde são, junto com o emprego e governantes honestos e eficazes, algumas das principais prioridades dos cidadãos do mundo, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira pela ONU.

Desde seu lançamento no início de ano, mais de um milhão de pessoas de 194 países responderam à enquete "Meu Mundo", com a qual a ONU procura conhecer a opinião dos cidadãos sobre a futura agenda global de desenvolvimento a partir de uma pergunta muito simples: "Quais são as suas prioridades para melhorar sua vida?".

"A grande surpresa é que a resposta está sendo quase unânime: educação e governos honestos. Os cidadãos, não importa de onde venham, têm as ideias muito claras e, além disso, suas prioridades têm muito bom senso", destacou à Agência Efe a subsecretária-geral das Nações Unidas, a costarriquenha Rebeca Grynspan.

A Índia, com mais de 237 mil votos, é o país que mais respostas apresentou à esta pesquisa, enquanto na América Latina foram registradas quase 79 mil, com destaque para a contribuição do Brasil, com cerca de 22 mil votos, em uma pesquisa que seguirá aberta ao público até 2015.

No caso dos latino-americanos, a terceira de suas prioridades é a proteção contra o crime, o que, nas palavras de Rebeca, deve servir como uma "chamada de atenção" aos líderes da região, já que o fenômeno da violência não é tão prioritário para os cidadãos de outras partes do planeta.

A subsecretária-geral da ONU destacou também que para os cidadãos latino-americanos outra das principais prioridades é a proteção das florestas, rios e oceanos, o que evidencia o compromisso da região com o meio ambiente.

"No mundo de hoje em dia já não há espaço para uma agenda de desenvolvimento vertical na qual não se leva em conta as vozes dos cidadãos", destacou Rebeca, que acredita que os resultados da pesquisa serão incorporados ao debate sobre a futura agenda de desenvolvimento após 2015.

Por sua vez, a responsável da campanha do Milênio da ONU, a espanhola Amalia Navarro, destacou que a pesquisa "Meu Mundo" está sendo um experimento da ONU "muito inovador" e "enriquecedor" porque, além das ONGs e da sociedade civil, está perguntando diretamente aos cidadãos.

A pesquisa, cujos resultados foram divulgados nesta segunda-feira em uma exposição na sede da ONU inaugurada pela rainha Rania da Jordânia, teve a participação de homens (53%) e mulheres (47%) com a principal faixa de idade entre os 16 e 30 anos, e quase a metade dos participantes com estudos universitários.

Aproveitando a dinâmica gerada pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) lançados em 2000, as Nações Unidas, em colaboração com governos, sociedade civil e outros parceiros, está empenhada agora no processo de consultas para definir a nova agenda de desenvolvimento para depois de 2015, prazo fixado para conseguir os ODM.

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