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Economia do Japão encolhe 0,3% no 4o tri

Analistas esperam, no entanto, uma recuperação neste ano, com exportações mais fortes para a China

Centro financeiro de Tóquio, no Japão: economia do país ainda tem perspectiva positiva (Junko Kimura/Getty Images)

Centro financeiro de Tóquio, no Japão: economia do país ainda tem perspectiva positiva (Junko Kimura/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 07h40.

Tóquio - A economia do Japão encolheu ligeiramente no último trimestre de 2010, mas analistas esperam uma recuperação neste ano, com exportações mais fortes para a China e outras partes da Ásia ofuscando a fraqueza da demanda doméstica.

Os dados confirmam que o Japão perdeu para a China o lugar de segunda maior economia do mundo, e destacam a dependência cada vez maior de Tóquio do vizinho gigante, que compra quase um quinto das exportações japonesas.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão encolheu 0,3 por cento no quarto trimestre em relação ao anterior, pouco menos que a queda de 0,5 por cento prevista pelos mercados, mas ainda a primeira contração em cinco trimestres.

A contração anualizada foi de 1,1 por cento. Analistas culpam a redução do consumo após o fim, em setembro, de incentivos do governo a carros de baixa emissão de carbono.

Os dados mostram que a economia japonesa é a mais fraca entre as nações desenvolvidas, comparada ao crescimento anualizado de 3,2 por cento nos Estados Unidos no mesmo trimestre. Números que serão divulgados na terça-feira devem mostrar uma leve expansão na zona do euro.

O investimento privado no Japão subiu 0,9 por cento na comparação trimestral, menos que o ganho de 1,5 por cento registrado entre julho e setembro.

Analistas disseram que a alta dos gastos de capital pode não levar a um gasto maior do consumidor, com as empresas relutantes para aumentar os salários devido à competição mundial.

O fim de incentivos do governo a eletrodomésticos com baixo consumo de energia também pesou sobre o consumo, que caiu 0,7 em relação ao trimestre anterior, quando o consumo cresceu 0,9 por cento.

A demanda externa, ou exportações líquidas, tiraram 0,1 ponto percentual do PIB, com a alta do iene frente ao dólar prejudicando as exportações no período.

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