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Duterte decide envolver Exército em campanha antidrogas

O presidente confirmou que a Polícia não terá mais participação nas operações relacionadas com a campanha

Rodrigo Duterte: o presidente não deu detalhes sobre como as tropas ajudarão na campanha (Erik De Castro/Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 08h30.

Manila - O presidente das Filipinas , Rodrigo Duterte, afirmou nesta quinta-feira que assinará uma ordem executiva para envolver o Exército em sua polêmica guerra contra as drogas, que deixou mais de 7 mil mortos no país em sete meses.

Duterte fez o anúncio em discurso na sua cidade natal, Davos. No pronunciamento, o presidente confirmou que a Polícia não terá mais participação nas operações relacionadas com a campanha.

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"Estou envolvendo as Forças Armadas das Filipinas e elevando o problema das drogas como uma ameaça à segurança nacional. Por isso pedirei ao Exército para prestar apoio", afirmou Duterte no discurso, transmitido ao vivo pelas emissoras locais.

O presidente, que não deu detalhes sobre como as tropas ajudarão na campanha, também ameaçou com mais mortes os narcotraficantes e usuários de drogas, a quem chamou de "filhos de cadelas".

O programa de combate às drogas de Duterte começou no dia de sua posse, 30 de junho de 2016. A maior parte dos 7 mil mortos desde então foi executada de forma extrajudicial.

Na segunda-feira, Duterte tinha suspendido temporariamente o programa de combate às drogas no país. A paralisação ocorreu após o assassinato de um empresário sul-coreano por agentes, o que, segundo ativistas de direitos humanos, evidenciou práticas corruptas nas forças de segurança.

Duterte prometeu focar em "limpar" a corrupção na Polícia Nacional no curto prazo. Assim que a tarefa for concluída, ele pretende retomar a campanha antidrogas e mantê-la até o fim de seu mandato, que termina em 2022.

A Anistia Internacional (AI) apresentou ontem um relatório que acusa o governo de Duterte de cometer "crimes contra a humanidade" na campanha contra as drogas, ao afirmar que altos funcionários do Executivo encobrem a contratação de matadores de aluguel, falsificação de relatórios e roubos cometidos por policiais.

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