Exame Logo

Donald Trump foi nomeado para o Nobel da Paz? Pois acredite

Mas isso não significa que ele estará entre os finalistas

Trump: "alguém" indicou o magnata por “sua ideologia de paz pela força, utilizada como uma arma de dissuasão contra o Islã radical, o Estado Islâmico, o Irã nuclear e a China comunista”. (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 10h06.

São Paulo - O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump foi nomeado para o Nobel da Paz. Mas isso não significa que ele estará na lista de finalistas.

A cada ano, o Instituto de Pesquisa sobre a Paz em Oslo, na Noruega, recebe cerca de 200 propostas para o título -- e é obrigado a aceitar todas durante o prazo de indicações, que terminou na última segunda-feira.

Citado pela CNN, Kristian Berg Harpviken, diretor do Instituto, teve acesso a uma carta de candidatura (feita por um americano cuja identidade não foi revelada) pedindo que o prêmio seja entregue para Trump por “sua ideologia de paz pela força, utilizada como uma arma de dissuasão contra o Islã radical, o Estado Islâmico, o Irã nuclear e a China comunista”.

As candidaturas em geral são feitas por políticos, ex-laureados e professores universitários de todo o mundo. A partir daí, o comitê norueguês seleciona quem vai para a votação final. De acordo com Harpviken, as chances de Trump são bem remotas.

Conhecido por sua postura incendiária, o magnata americano enfureceu milhões com sua proposta eleitoral de barrar a entrada de muçulmanos nos EUA e por seus comentários racistas sobre imigração de mexicanos, resumida na infame promessa de construir uma "grande parede" entre os EUA e o México.

Sem falar que a concorrência se encarrega por si só de descartar Trump na corrida pelo prêmio.

À Reuters, Harpviken disse que entre os nomeados para o Nobel da Paz encontram-se os responsáveis pelo acordo de paz na Colômbia, os negociadores do acordo nuclear iraniano, além da chanceler alemã Angela Merkel, o Papa Francisco e o ex-agente americano Edward Snowden, que denunciou a existência de programas secretos e ilegais de vigilância em massa criados pela Agência de Segurança Nacional (NSA).

São Paulo - O pequeno sírio Gays Cardak, de apenas 6 anos, sonha reconstruir o seu país. Em uma biblioteca no campo de refugiados em Yayladagi, na fronteira turco-síria, ele mostra o seu desenho — um homenzinho de braços grandes e abertos. "Eu vou ser médico e engenheiro. Nós, os engenheiros, vamos reconstruir a Síria , e eu vou levar os (soldados) para o hospital", disse Cardak. No mês de dezembro, o fotógrafo da agência Reuters Umit Bektas visitou dois campos de refugiados na Turquia. Nesses abrigos improvisados, crianças e jovens sírios convivem constantemente com sentimentos de separação, saudades da terra natal e os traumas da guerra que os tirou, à força, tão cedo de casa. Desenhar e escrever é uma forma de expurgar os fantasmas. E o fotógrafo registrou estes momentos, que revelam um sonho comum — o retorno à Síria , são e salvos. Veja nas imagens.
  • 2. Medo

    2 /12(REUTERS/Umit Bektas)

  • Veja também

    Nesta imagem, a pequena refugiada síria Tesnim Faydo, de 8 anos, mostra seu desenho de uma mãe chorando por sua filha ferida. Faydo está com seus amigos em Yayladagi, um campo de refugiados na província de Hatay, perto da fronteira turco-síria.
  • 3. Saudade

    3 /12(REUTERS/Umit Bektas)

  • Em seu desenho, a menina Meryem Mahmo, de 14 anos, retrata seu antigo lar e escreve: "Eu quero minha casa. Eu sinto sua falta, Síria."
  • 4. Sonho comum

    4 /12(REUTERS/Umit Bektas)

    Abdullah El-Omer, de 15 anos, faz o mesmo pedido: "Eu quero um fim à guerra na Síria", diz o cartaz que segura na barbearia em que trabalha no campo de refugiados em Midyat, na província de Mardin, Turquia.
  • 5. "Vamos viver feliz"

    5 /12(REUTERS/Umit Bektas)

    Kamer Topalca, de 18 anos, escreveu esta mensagem: "Meu Deus nos salve. Vamos retornar seguros à nossa pátria. Vamos viver feliz.". Ela agora vive em Yayladagi, campo de refugiados na província de Hatay, perto da fronteira turco-síria.
  • 6. Identidade

    6 /12(REUTERS/Umit Bektas)

    O adolescente Mustafa Halabi, de 16 anos, segura um cartaz com o seguinte recado em árabe: "Eu sou sírio e eu quero voltar para a Síria". Ele está em em Nizip, no campo de refugiados na província de Gaziantep, Turquia.
  • 7. Deus é...

    7 /12(REUTERS/Umit Bektas)

    Este desenho, que mostra uma casa cercada de flores e três pessoas, é de Islem Halife, uma menina de 11 anos que vive em Nizip, campo de refugiados na província de Gaziantep. A frase curta no meio do desenho significa "Deus é grande".
  • 8. Apelo

    8 /12(REUTERS/Umit Bektas)

    "O meu pedido é para você, certifique-se de que podemos voltar à nossa pátria, com o fim da guerra e dos ataques; certifique-se de que podemos viver em paz, sem medo e longe de ataques. Envie-nos de volta à nossa pátria", apela a refugiada síria Esma El-Guriya, de 18 anos.
  • 9. Lar desfeito

    9 /12(REUTERS/Umit Bektas)

    Ao lado da mãe e de seus dois irmãos, Ahmet Cemal, de 12 anos, mostra um desenho da casa onde morava com a família na Síria. Ele também está em Nizip, campo de refugiados na província de Gaziantep, Turquia.
  • 10. Alá

    10 /12(REUTERS)

    De dentro do campo de refugiados em Gaziantep, Turquia, a síria Rahaf Kahya, de anos 13, segura o papel com a escrita em árabe que diz: " Não há nenhum deus, somente Alá, e Maomé é o mensageiro de Alá. Síria livre".
  • 11. Lembranças

    11 /12(REUTERS/Umit Bektas)

    Em sua tenda no campo de refugiados, a jovem síria Hale Selim, de 13 anos, mostra o desenho de sua antiga casa na Síria. A saudade é constante.
  • 12. Tensões

    12 /12(Bulent Kilic/AFP)

  • Acompanhe tudo sobre:CelebridadesDonald TrumpEleições americanasEmpresáriosEstados Unidos (EUA)EuropaGuerrasMuçulmanosNobelNoruegaPaíses ricosPrêmio Nobel

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Mundo

    Mais na Exame