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Documentos comprovam que mulher de Orlando recebeu dinheiro de ONG, diz jornal

ONG conveniada ao Ministério do Esporte contratou empresa da esposa do ministro

Ana Petta devolveu dinheiro pago por ONG em valor menor do que teria recebido (Divulgação/Contigo)

Ana Petta devolveu dinheiro pago por ONG em valor menor do que teria recebido (Divulgação/Contigo)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2011 às 12h52.

São Paulo – Documentos aos quais o jornal Estado de São Paulo teve acesso confirmam que a atriz Anna Cristina Lemos Petta, mulher do ministro Orlando Silva, recebeu dinheiro da União por meio da ONG Via BR, que tem dois convênios com o Ministério do Esporte.

Os documentos mostram que Anna Petta assinou contrato entre a sua empresa, a Hermana, e a ONG Via BR. A entidade subcontratou a empresa da esposa do ministro logo após receber 278.900 reais do Ministério, em novembro do ano passado.

O jornal cita documento da Junta Comercial de São Paulo que mostra que a Hermana foi criada menos de sete meses antes de fechar negócio com a ONG. A empresa foi contratada para prestar serviços de assistência de pesquisa para documentários sobre a Comissão de Anistia, encomendados pelo Ministério da Justiça, recebendo 43.500 pelo trabalho. O Ministério da Justiça alega, porém, que o valor foi de 32.100 reais.

No dia 26 de setembro, a Hermana devolveu o dinheiro que havia recebido da Via BR, no valor dos já citados 32.100 reais, após sua empresa concluir os serviços. Em entrevista ao Estado, Anna Petta afirmou que tomou a decisão depois de ter sido informada que a ONG Via BR tinha contratos com o Ministério do Esporte. Perguntada sobre a diferença entre o valor recebido em contrato e o valor devolvido, a esposa de Orlando Silva respondeu apenas “Isso eu não sei”.

Com membros do PCdoB em seus quadros, a Via BR é a mesma ONG que contratou uma empresa conveniada à Justiça e ao Esporte que também havia participado da campanha do cunhado de Orlando a deputado estadual.

Em nota, o Ministério do Esporte afirmou ao jornal que não tem conhecimento do negócio entre a Via BR e a Hermana.

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