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Diretor de fundo de pensão da Coreia do Sul é preso

Prisão é um desdobramento de um escândalo de tráfico de influência que levou ao impeachment da presidente sul-coreana, Park Geun-hye

Corrupção na Coreia do Sul: escritório do procurador-especial para o caso não deu maiores detalhes sobre a detenção de Moon Hyung-pyo (Reprodução/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 09h06.

Seul - Procuradores da Coreia do Sul prenderam nesta quarta-feira o presidente do conselho do terceiro maior fundo de pensão do mundo, em um desdobramento de um escândalo de tráfico de influência crescente que levou o Parlamento a votar a favor do impeachment da presidente sul-coreana, Park Geun-hye.

O escritório do procurador-especial para o caso não deu maiores detalhes sobre a detenção de Moon Hyung-pyo, do Serviço Nacional de Pensões (NPS).

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Na segunda-feira, agentes fizeram uma operação de busca e apreensão em sua casa devido à suspeita de abuso de poder.

O procurador-especial está investigando se Moon pressionou para que o fundo de pensão apoiasse a fusão de 8 bilhões de dólares do ano passado de duas filiadas da Samsung quando comandava o Ministério da Saúde e do Bem Estar, que administra o NPS.

Investigadores também estão averiguando se o apoio da Samsung a um negócio e a fundações apoiadas pela amiga da presidente, Choi Soon-sil, que está no cerne do escândalo de tráfico de influência, pode ter ligação com o endosso do NPS à fusão, disse uma autoridade da procuradoria à Reuters na semana passada.

Na terça-feira, ao chegar ao escritório do procurador, Moon disse que irá cooperar e não comentou quando indagado se induziu o fundo a votar a favor da fusão.

No dia 9 de dezembro, o NPS minimizou, dizendo ser "sem fundamento", uma reportagem segundo a qual Moon coagiu o NPS a concordar com a negociação.

Até o final de setembro o NPS administrava o equivalente a 451,35 bilhões de dólares, e era um grande acionista da Cheil Industries Inc e da Samsung C&T Corp028260.KS, filiadas do Samsung Group, quando estas se fundiram em 2015.

Alguns investidores criticaram a união por fortalecer o controle da família fundadora sobre o Samsung Group, o maior "chaebol", ou conglomerado, da Coreia do Sul, à custa de outros acionistas.

O NPS votou pela fusão sem consultar um comitê externo que às vezes presta assessoria em votações difíceis.

Na quarta-feira, a porta-voz do NPS disse estar "observando a situação", e não quis fazer outros comentários.

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