Diretor da OMS alerta que covid-19 preocupa menos os países do que deveria
Tedros Adhanom disse que os níveis de vacinação entre os grupos mais vulneráveis continuam baixos
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 28 de setembro de 2023 às 10h04.
Última atualização em 28 de setembro de 2023 às 10h25.
Odiretor-geral da Organização Mundial da Saúde ( OMS ), Tedros Adhanom Ghebreyesus, admitiu na quarta-feira, 27, preocupação com a evolução da pandemia de covid-19 à medida que o inverno se aproxima no hemisfério norte.
Ele alertou que os países estão dando menos atenção que deveriam para a doença em meio à alta de casos na Europa e nos Estados Unidos.“Entre os poucos países que estão divulgando os dados, tanto de hospitalizações como as entradas em cuidados intensivos, vemos um aumento nos últimos 28 dias, sobretudo na Europa e na América do Norte”, afirmou em conferência de imprensa.
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Tedros Adhanom disse que os níveis de vacinação entre os grupos maisvulneráveis continuam baixos após mais de dois anos desde que o mundo se encontrava no pico da pandemia. Segundo dados da OMS, cerca de 60% da população mundial têm a vacinação completa e apenas 30% recebeu, pelo menos, uma dose de reforço. “A covid-19 pode já não ser a crise aguda que era há dois anos, mas isso não significa que possamos ignorá-la”, disseAdhanom.
De acordo com a responsável do departamento técnico anti-covid da OMS, Maria Von Kerkhove, os dados que os cientistas têm disponíveis para vigiar a circulação do vírus são cada vez mais escassos porque os países reduziram o monitoramento. No momento, os pesquisadores sabem que assubvariantes da Ômicron estão em circulação, mas nenhuma é claramente dominante.
Em agosto, a OMS declarou a EG.5, apelidada de Eris, como uma variante de interesse. Ela é uma mutação da Ômicron e possui mutação na proteína Spike, o que pode causar escape imunológico, de acordo com o órgão mundial de saúde.
Como estão os casos de covid-19 no Brasil
Segundo dados doBoletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado no dia 20 de setembro, o Brasil teve um ligeiro aumento nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) associadas à covid-19 , majoritariamente localizados em estados do Sudeste e do Centro-Oeste, com destaque para o Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.
As informações são referentes à Semana Epidemiológica 37 - de 10 a 16 de setembro - e a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 18 de agosto.