(foto/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 15h39.
Londres - O diretor da prestigiosa universidade britânica London School of Economics deixou o cargo esta quinta-feira em meio a uma polêmica sobre vínculos da instituição com o líder líbio Muamar Kadafi e sua família.
Howard Davies reconheceu, em comunicado, que a reputação da universidade "foi abalada" e que por isto ele precisou deixar o posto.
Davies admitiu que a decisão de aceitar 300.000 libras (488 mil dólares, 350 mil euros) de financiamento do filho de Kadhafi, Seif Al-Islam, foi errada e que sua viagem à Líbia para ajudar a modernizar as instituições financeiras do regime como mal aconselhada.
Na terça-feira, a instituição concordou em colocar o dinheiro que recebeu a disposição de uma bolsa para financiar estudantes africanos.
"Concluí que seria o certo para mim que eu deixasse o cargo, mesmo sabendo que a decisão trará dificuldades para a instituição que aprendi a amar", disse Davies. "Sou responsável pela reputação da escola e ela foi abalada", acrescentou.
Davies permanecerá no cargo até que se encontre um substituto. Ele foi chefe da Autoridade de Serviços Financeiros e vice-governador do Banco da Inglaterra.
"Cometi um erro pessoal de julgamento ao aceitar o convite do governo britânico para ser o enviado econômico e o consequente convite líbio para aconselhar sobre seu fundo soberano", acrescentou Davies.
Seif Al-Islam obteve título de mestre na universidade britânica em 2003 e de doutor em 2008.
No entanto, a universidade confirmou que está investigando alegações de que ele teria plagiado trechos de sua tese de doutorado.
Além disso, o conselho universitário abriu uma investigação independente sobre os vínculos entre a instituição e o regime líbio.