Direita chilena escolhe Matthei como candidata presidencial
Disputa oporá duas mulheres cujos pais já estiveram em lados opostos no cenário político dos anos 1970
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2013 às 12h52.
Santiago - O bloco direitista chileno anunciou que a ex-ministra do Trabalho Evelyn Matthei será sua candidata presidencial, numa corrida que contraporá duas mulheres cujos pais já estiveram em lados opostos no cenário político dos anos 1970.
A fragmentada Aliança, reunindo partidos de direita, precisou encontrar um novo nome às pressas depois da inesperada renúncia do ex-favorito Pablo Longueira, por motivo de saúde. Com essa reviravolta, a popular ex-presidente Michelle Bachelet, socialista, tem grandes chances de voltar ao cargo na eleição de novembro.
O partido Renovação Nacional (RN, de centro-direita), antes avesso à candidatura de Matthei, anunciou na noite de terça-feira que decidiu apoiar a indicação da economista, escolhida no sábado pela conservadora União Democrata Independente (UDI).
"Nosso bloco passou por tempos difíceis nestes últimos meses, e é maravilhoso que finalmente... estejamos colocando a nobreza em primeiro lugar e pensando em nosso país", disse Matthei a jornalistas depois de receber o aval da coalizão.
Matthei e Bachelet aparentemente se conhecem desde a infância, pois ambas são filhas de brigadeiros da Força Aérea.
O pai da ex-presidente manteve-se leal ao presidente socialista Salvador Allende, derrubado no golpe militar de 1973. Preso e torturado, ele morreu na prisão, meses depois.
Já o pai de Matthei participou da junta militar formada pelo general Augusto Pinochet depois do golpe.
A Aliança corria o risco de ir dividida às urnas, mas na terça-feira o ex-ministro da Defesa Andrés Allamand anunciou que não concorreria.
Matthei ainda não divulgou seu programa de governo, mas ela em geral apoia as políticas econômicas conservadoras do presidente Sebastián Piñera, e já disse ser contra o ensino universitário gratuito.
Dado o favoritismo eleitoral de Bachelet, que é pediatra de formação, a direita provavelmente concentrará seus esforços na formação de uma grande bancada parlamentar, na esperança de frear as ambiciosas propostas dela no sentido de taxar grandes empresas e promover o ensino universal gratuito.
Santiago - O bloco direitista chileno anunciou que a ex-ministra do Trabalho Evelyn Matthei será sua candidata presidencial, numa corrida que contraporá duas mulheres cujos pais já estiveram em lados opostos no cenário político dos anos 1970.
A fragmentada Aliança, reunindo partidos de direita, precisou encontrar um novo nome às pressas depois da inesperada renúncia do ex-favorito Pablo Longueira, por motivo de saúde. Com essa reviravolta, a popular ex-presidente Michelle Bachelet, socialista, tem grandes chances de voltar ao cargo na eleição de novembro.
O partido Renovação Nacional (RN, de centro-direita), antes avesso à candidatura de Matthei, anunciou na noite de terça-feira que decidiu apoiar a indicação da economista, escolhida no sábado pela conservadora União Democrata Independente (UDI).
"Nosso bloco passou por tempos difíceis nestes últimos meses, e é maravilhoso que finalmente... estejamos colocando a nobreza em primeiro lugar e pensando em nosso país", disse Matthei a jornalistas depois de receber o aval da coalizão.
Matthei e Bachelet aparentemente se conhecem desde a infância, pois ambas são filhas de brigadeiros da Força Aérea.
O pai da ex-presidente manteve-se leal ao presidente socialista Salvador Allende, derrubado no golpe militar de 1973. Preso e torturado, ele morreu na prisão, meses depois.
Já o pai de Matthei participou da junta militar formada pelo general Augusto Pinochet depois do golpe.
A Aliança corria o risco de ir dividida às urnas, mas na terça-feira o ex-ministro da Defesa Andrés Allamand anunciou que não concorreria.
Matthei ainda não divulgou seu programa de governo, mas ela em geral apoia as políticas econômicas conservadoras do presidente Sebastián Piñera, e já disse ser contra o ensino universitário gratuito.
Dado o favoritismo eleitoral de Bachelet, que é pediatra de formação, a direita provavelmente concentrará seus esforços na formação de uma grande bancada parlamentar, na esperança de frear as ambiciosas propostas dela no sentido de taxar grandes empresas e promover o ensino universal gratuito.