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Diplomatas dos EUA e Irã discutem possível esboço do acordo

Teerã se recusa a cortar número de centrifugadoras que usa para enriquecer urânio, processo usado para criar medicamentos para quimioterapia até bomba nuclear


	Usina em Teerã: discussão sobre acordo nuclear já dura dez anos
 (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)

Usina em Teerã: discussão sobre acordo nuclear já dura dez anos (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 16h37.

Viena - Estados Unidos e Irã estão negociando um acordo que permitiria ao país muçulmano manter boa parte de sua tecnologia de enriquecimento de urânio ao mesmo tempo em que reduziria o potencial de produzir armas nucleares, afirmaram dois diplomatas à Associated Press.

Um compromisso como esse pode resultar no esperado acordo nuclear, cuja discussão já dura dez anos.

Teerã se recusa a cortar o número de centrifugadoras que usa para enriquecer urânio, processo usado para criar medicamentos para a quimioterapia até uma bomba nuclear.

De acordo com os diplomatas, que não quiseram se identificar, a proposta manteria boa parte das 10 mil centrífugas de que dispõem os iranianos, mas as reconfiguraria para reduzir seu potencial de criação de urânio enriquecido.

A reconfiguração se seguiria de outras medidas que garantam o controle do programa, como a permissão para se armazenar apenas uma quantia específica de gás de urânio e o compromisso de mandar a maior parte da produção para fora do país, o deixando sem o suficiente para produzir a bomba.

Os diplomatas, entretanto, não deram garantias de que a proposta pode ser refinada para chegar a um acordo.

Especialistas na área alertam que uma redução da eficiência das centrífugas é mais facilmente reversível do que uma grande redução em seu número, argumento que pode ser utilizado pelos críticos da negociação em Washington.

O rascunho de um possível acordo é revelado dias antes de uma nova rodada de negociação entre as partes, que deve acontecer no final desta semana.

Centrífugas são dispostas em uma série de cascatas para que o urânio saia cada vez mais enriquecido do processo.

Os diplomatas querem alterar a disposição delas para diminuir a concentração possível.

Uma vez acordado, o país levaria meses para fazer as centrífugas voltarem à disposição inicial, o que seria rapidamente reportado pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), que seria encarregada de monitorar o programa em qualquer acordo selado.

Fonte: Associated Press.

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