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Dinheiro para combater zika nos EUA está acabando, diz Obama

Em fevereiro, Obama pediu ao Congresso para alocar 1,9 bilhão de dólares para o combate ao zika, mas encontrou resistência de legisladores republicanos


	Obama: em fevereiro, o presidente pediu ao Congresso para alocar 1,9 bilhão de dólares para o combate ao zika, mas encontrou resistência de legisladores republicanos
 (David Fernandez/ Reuters)

Obama: em fevereiro, o presidente pediu ao Congresso para alocar 1,9 bilhão de dólares para o combate ao zika, mas encontrou resistência de legisladores republicanos (David Fernandez/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 21h13.

O dinheiro para combater o surto do vírus zika nos Estados Unidos está se esgotando, disse o presidente americano, Barack Obama, na quinta-feira, chamando a situação de "crítica" e exortando os legisladores a agirem.

Dirigindo-se a repórteres no Pentágono, Obama disse que o governo dos Estados Unidos está levando "extremamente a sério" a notícia dos 15 casos de zika autóctones na Flórida, anunciados no início da semana.

"Como os nossos especialistas em saúde pública vêm alertando há algum tempo, estamos vendo agora os primeiros casos do vírus zika transmitidos localmente por mosquitos no território continental dos Estados Unidos", disse Obama.

"Isso era previsto e previsível", completou.

Em fevereiro, Obama pediu ao Congresso para alocar 1,9 bilhão de dólares para o combate ao zika, mas encontrou resistência de legisladores republicanos, que disseram que os fundos devem ser movidos dos cofres anteriormente reservados para combater o surto de ebola.

"Não só o Congresso de maioria republicana não passou o nosso pedido, mas trabalhou para cortá-lo. Então eles partiram para as férias de verão sem aprovar nenhum fundo para o zika", disse Obama.

"Enquanto isso, as pessoas na linha de frente vêm se virando como podem. Agora o dinheiro que precisamos para lutar contra o zika está se esgotando".

Sem financiamento, advertiu Obama, ensaios clínicos de vacinas poderiam ser adiados.

"A situação está ficando crítica", disse o presidente.

"Portanto, este não é o momento para fazer política".

Na maioria das vezes, o zika causa apenas sintomas brandos, e a doença passa despercebida em 80% dos casos.

No entanto, o vírus é particularmente perigoso para as mulheres grávidas, visto que pode causar danos permanentes ao feto em desenvolvimento, incluindo a microcefalia, uma condição na qual o bebê nasce com o crânio e o cérebro menores que a média.

As autoridades de saúde pediram nesta semana que as mulheres grávidas evitem a área de Wynwood em Miami, onde se acredita que mosquitos infectados pelo vírus podem estar circulando.

O zika está se espalhando em mais de 50 países e territórios do mundo, principalmente na América Latina e no Caribe.

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