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Dilma vai precisar costurar coalizão, diz cientista político

Dificuldade maior do governo Dilma será administrar o maior número de aliados para "dividir o bolo", afirma David Fleischer, da UnB

Crescimento do PSB será uma das questões a serem administradas pela presidente Dilma (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Crescimento do PSB será uma das questões a serem administradas pela presidente Dilma (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 10h40.

Brasília - A presidente eleita Dilma Rousseff "vai ter mais facilidade para governar" do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque vai contar com maioria no Congresso Nacional, avalia o professor do Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Brasília, David Fleischer. "A oposição dessa forma será menos radical."

A sucessora de Lula precisa contar com três quintos dos votos, em cada Casa, para aprovar mudanças de ordem constitucional, por exemplo. Fleischer destacou que Dilma vai contar com o apoio de 60% dos parlamentares no Congresso, que é o percentual previsto para a sua base aliada. Ele lembra que a presidente, no entanto, "vai ter que costurar sua coalizão, porque terá no seu governo mais parceiros para dividir o bolo".

O crescimento do PSB e o fortalecimento do PMDB, por ser o partido do futuro vice-presidente da República, Michel Temer, são questões que "terão que ser administradas no próximo governo”, na avaliação do cientista político. “Eles vão querer uma fatia maior do bolo e isso vai demandar negociações, por isso ela [Dilma Rousseff] terá que gerenciar bem essa questão."

O professor destacou que o presidente Lula "conseguiu enfraquecer a oposição" nas eleições deste ano, com a derrota de importantes figuras políticas como Tasso Jereissati (PSDB), Arthur Virgílio (PSDB), Heráclito Fortes (DEM) e Marco Maciel (DEM).

A nova situação partidária da oposição, de acordo com David Fleischer, poderá motivar a fusão do PSDB com o DEM ou a criação de legenda.

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