Dilma quer mudanças na Conab, diz Rossi
Segundo o ministro da Agricultura, ordens são para resolver os problemas do órgão sem levar em conta limitações políticas
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2011 às 13h07.
Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmou nesta quarta-feira que foi orientado pela presidente Dilma Rousseff a promover uma faxina na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura.
A exemplo do que ocorreu no Ministério dos Transportes, de onde foram afastados mais de 20 servidores, o novo foco da limpeza será a companhia.
"Ela (Dilma) me disse sim, em função do que eu tinha relatado, que ela queria que eu tomasse atitudes muito fortes, e que fossem feitas independentemente de qualquer tipo de limitação política", disse o ministro a senadores durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Casa.
Rossi declarou que haverá mudanças na diretoria da Companhia para sanar "lacunas" no órgão que tem sido foco de denúncias de irregularidades.
"A presidente tem todo o interesse em que as incorreções que eventualmente ocorram sejam corrigidas", completou.
Mais cedo, Rossi havia adiantado que promoveria mudanças "significativas" na Conab.
"Estamos providenciando mudanças significativas na operação e no controle da Companhia, para que ela não seja novamente vítima desse tipo de procedimento", declarou o ministro aos senadores.
Reportagens recentes apontam possíveis irregularidades na Conab, denunciadas pelo ex-diretor da Companhia, Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Uma delas envolveria a venda de um terreno da Companhia por preço abaixo do mercado para comprador ligado a quadros do PTB.
Oscar Jucá foi demitido da diretoria, após supostamente ter autorizado um pagamento indevido a uma empresa. O ex-funcionário da Conab acusou o ministro, em entrevista à revista Veja, de lhe oferecer propina em troca de silêncio sobre episódios de corrupção na pasta.
Outra reportagem da revista Veja do último fim de semana aponta que o secretário-executivo da pasta, Milton Ortolan, teria "liberado" a ação de um lobista no Ministério da Agricultura. Segundo a reportagem, Júlio Fróes, o suposto lobista, teria, inclusive, acesso a uma entrada privativa e a uma sala com computador, telefone e secretária no edifício do ministério.
Rossi negou que tivesse conhecimento da atuação do lobista e disse que determinou a apuração do caso. A reportagem motivou Ortolan a pedir demissão.
O ministro voltou a negar, pela quarta vez, participação nas supostas irregularidades na pasta e afirmou que qualquer indício de conduta ilícita será encaminhado aos órgãos responsáveis.
Rossi fez uma apelo, no entanto, para que os envolvidos nas denúncias não sejam imediatamente considerados culpados, sem direito de se defender.
"Todas as questões levantadas não tinham nenhuma base, começaram com denuncismo", disse ele sobre as reportagens publicadas recentemente sobre o ministério. "É preciso que não se inverta o ônus da prova."
Ele reiterou ter criado uma comissão de sindicância na pasta para apuração "completa" das denúncias.
Na segunda-feira, em entrevista coletiva, o ministro já havia negado participação nas irregularidades apontadas por reportagens recentemente publicadas.
Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmou nesta quarta-feira que foi orientado pela presidente Dilma Rousseff a promover uma faxina na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura.
A exemplo do que ocorreu no Ministério dos Transportes, de onde foram afastados mais de 20 servidores, o novo foco da limpeza será a companhia.
"Ela (Dilma) me disse sim, em função do que eu tinha relatado, que ela queria que eu tomasse atitudes muito fortes, e que fossem feitas independentemente de qualquer tipo de limitação política", disse o ministro a senadores durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Casa.
Rossi declarou que haverá mudanças na diretoria da Companhia para sanar "lacunas" no órgão que tem sido foco de denúncias de irregularidades.
"A presidente tem todo o interesse em que as incorreções que eventualmente ocorram sejam corrigidas", completou.
Mais cedo, Rossi havia adiantado que promoveria mudanças "significativas" na Conab.
"Estamos providenciando mudanças significativas na operação e no controle da Companhia, para que ela não seja novamente vítima desse tipo de procedimento", declarou o ministro aos senadores.
Reportagens recentes apontam possíveis irregularidades na Conab, denunciadas pelo ex-diretor da Companhia, Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Uma delas envolveria a venda de um terreno da Companhia por preço abaixo do mercado para comprador ligado a quadros do PTB.
Oscar Jucá foi demitido da diretoria, após supostamente ter autorizado um pagamento indevido a uma empresa. O ex-funcionário da Conab acusou o ministro, em entrevista à revista Veja, de lhe oferecer propina em troca de silêncio sobre episódios de corrupção na pasta.
Outra reportagem da revista Veja do último fim de semana aponta que o secretário-executivo da pasta, Milton Ortolan, teria "liberado" a ação de um lobista no Ministério da Agricultura. Segundo a reportagem, Júlio Fróes, o suposto lobista, teria, inclusive, acesso a uma entrada privativa e a uma sala com computador, telefone e secretária no edifício do ministério.
Rossi negou que tivesse conhecimento da atuação do lobista e disse que determinou a apuração do caso. A reportagem motivou Ortolan a pedir demissão.
O ministro voltou a negar, pela quarta vez, participação nas supostas irregularidades na pasta e afirmou que qualquer indício de conduta ilícita será encaminhado aos órgãos responsáveis.
Rossi fez uma apelo, no entanto, para que os envolvidos nas denúncias não sejam imediatamente considerados culpados, sem direito de se defender.
"Todas as questões levantadas não tinham nenhuma base, começaram com denuncismo", disse ele sobre as reportagens publicadas recentemente sobre o ministério. "É preciso que não se inverta o ônus da prova."
Ele reiterou ter criado uma comissão de sindicância na pasta para apuração "completa" das denúncias.
Na segunda-feira, em entrevista coletiva, o ministro já havia negado participação nas irregularidades apontadas por reportagens recentemente publicadas.