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Dilma quer baixar taxa de juros com a redução da dívida pública

Dilma disse que sua meta é reduzir a dívida líquida para 38% do PIB em relação aos atuais 42%

A presidente eleita, Dilma Rousseff: ela quer que os juros caiam de maneira gradual (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)

A presidente eleita, Dilma Rousseff: ela quer que os juros caiam de maneira gradual (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 06h35.

Brasília - A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse que pretende reduzir os níveis da dívida pública brasileira. Com isso, a taxa de juros, que é a segunda mais alta do mundo, poderá cair de forma “sustentável”.

Dilma, disse ontem em entrevista ao SBT, que sua meta é reduzir a dívida líquida para 38 por cento do Produto Interno Bruto em relação aos atuais 42 por cento. Ela não deu um prazo para isso ocorrer.

“Nessa situação, não há razão técnica para não convergir a taxa de juros do Brasil com as taxas internacionais”, disse Dilma durante a entrevista, que foi uma das quatro aparições dela na TV após a eleição no dia 31 de outubro.

Dilma nomeou ontem o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para liderar sua equipe de transição ao lado do vice- presidente eleito, Michel Temer, o presidente do Partido dos Trabalhadores, José Eduardo Dutra e o deputado federal José Eduardo Cardozo. A redução da dívida e do déficit orçamentário, promovidos por Palocci durante o primeiro mandado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu o apoio de investidores internacionais incluindo a Pacific Investment Management Co., gestora do maior fundo de dívida do mundo.

Agora deputado federal por São Paulo, ele foi um dos principais conselheiros econômicos da campanha de Dilma. Sob a gestão de Palocci, entre 2003 e 2006, a inflação desacelerou de 17,2 por cento para 5,3 por cento e o Ibovespa mais do que dobrou.

Apostas em juros

Antes do anúncio da equipe de transição, operadores apostavam que Dilma não conseguiria reduzir o déficit fiscal suficientemente para permitir um corte de juros pelo Banco Central, que deixou a Selic em 10,75 por cento no mês passado.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em janeiro de 2015, mês do término do primeiro mandato de Dilma, era de 11,55 por cento no dia 1 de novembro, um nível que sugere que o mercado espera que o Comitê de Política Monetária eleve o juro básico em 0,75 ponto percentual nos próximos quatro anos, segundo dados compilados pela Bloomberg. Os mercados ficaram fechados ontem por causa do feriado de Finados.

A presidente eleita, de 62 anos, disse que ainda não decidiu quais serão os nomes que formarão o seu ministério a partir de 1 de janeiro de 2011. As indicações serão baseadas em capacidades técnica e de liderança e serão anunciadas em blocos, disse ela.

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