Dilma Rousseff, candidata do PT: petista ficou abaixo do que o partido previa (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
Brasília - Os candidatos do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, José Serra, disputarão o segundo turno da eleição presidencial no dia 31 de outubro.
Marina Silva, do PV, cresceu na reta final e teve papel decisivo para evitar que a disputa fosse encerrada ontem. À meia-noite de ontem, quando haviam sido apuradas 99,84% das urnas, Dilma tinha cerca de 46,9% dos votos válidos, três pontos porcentuais a menos do que o mínimo necessário para encerrar a disputa no primeiro turno.
Faltaram pouco menos de 3 milhões de votos. No primeiro turno de 2006, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva teve 48,6% do eleitorado.
O desempenho da petista ficou abaixo do que previam, na véspera da eleição, os institutos de pesquisa Ibope e Datafolha. Pesquisa de boca de urna feita ontem pelo Ibope, apenas com eleitores que já haviam votado, indicava que Dilma teria 51% dos votos válidos - levando-se em conta a margem de erro, de 49% a 53%. Serra chegou a 32,6% dos votos válidos. E Marina, a surpresa da eleição, a 19,3%.
O candidato do PSDB venceu em Estados onde Dilma era tida como favorita ainda na véspera da votação. Em São Paulo, por exemplo, abocanhou 40,7% do eleitorado, contra 37,3% para a adversária. Na Região Sul, Serra perdeu no Rio Grande do Sul, mas colheu duas vitórias imprevistas pelos institutos de pesquisa no Paraná (44% a 39%) e em Santa Catarina (46% a 39%).
Na Região Centro-Oeste, o tucano venceu em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, por pequena margem (1,2 e 2,5 pontos, respectivamente), mas ainda assim em Estados onde a previsão era de desvantagem em relação a Dilma.
Na mesma região foi registrada a única vitória da candidata do PV em uma unidade da Federação: o Distrito Federal deu a Marina quase 42% dos votos válidos, uma vantagem de pouco mais de dez pontos em relação a Dilma, tida como favorita até poucos dias antes da votação.
Enquanto Serra virava o jogo em Estados-chave do Sudeste, do Sul e do Centro-Oeste, Dilma obteve vitórias significativas no Nordeste, mas não suficientes para compensar o quadro no restante do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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