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Dilma defende reformas do Conselho de Segurança e do FMI

Dilma disse que é preocupante representação limitada da ONU diante dos novos desafios do século 21, o que aumenta necessidade de uma reforma “urgente”

Dilma Rousseff: presidente ressaltou que fenômeno atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento e que é preciso reforçar tendências de crescimento da economia que dá sinais de recuperação (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 16h50.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (24), na 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, as reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo Dilma, ambos precisam refletir o peso dos países emergentes e em desenvolvimento.

A demora nessas reformas reduz a legitimidade e eficácia desses organismos, alertou a presidente.

Dilma disse que é preocupante a representação limitada do Conselho de Segurança da ONU diante dos novos desafios do século 21, o que aumenta a necessidade de uma reforma “urgente”, o que vem sendo pedido desde a Cúpula Mundial de 2005.

“Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje”.

A presidente usou como exemplo da falta de representatividade do atual Conselho de Segurança a grande dificuldade de oferecer solução para o conflito sírio e a “paralisia” no tratamento da questão Israel-Palestina.

“Urge dotar o conselho de vozes ao mesmo tempo independentes e construtivas. Somente a ampliação do número de membros permanentes e não permanentes, e a inclusão de países em desenvolvimento em ambas as categorias, permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do conselho”.


O Conselho de Segurança é o único órgão do sistema internacional capaz de adotar decisões obrigatórias para todos os Estados que são membros da ONU, podendo, inclusive, autorizar intervenção militar para garantir a execução de suas resoluções.

Dos 15 países do conselho, cinco são membros permanentes – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – e dez são rotativos, ficando dois anos no órgão e sendo substituídos. O voto negativo de apenas um membro permanente configura veto a uma eventual resolução do conselho.

Em relação ao FMI, Dilma traçou um panorama da economia mundial. A presidente disse que, passada a fase mais aguda da crise, ela ainda continua frágil, com níveis de desemprego “inaceitáveis”, alcançando a marca de 200 milhões de pessoas nessa situação, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A presidente ressaltou que o fenômeno atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento e que é preciso reforçar as tendências de crescimento da economia que dá sinais de recuperação.

“Os países emergentes, sozinhos, não podem garantir a retomada do crescimento global. Mais do que nunca, é preciso uma ação coordenada para reduzir o desemprego e restabelecer o dinamismo do comércio internacional.

Estamos todos no mesmo barco”, disse Dilma. O Brasil, segundo ela, conta com três linhas para a recuperação econômica: compromisso com políticas macroeconômicas sólidas, manutenção de políticas sociais inclusivas e adoção de medidas para aumentar sua produtividade e, consequentemente, a competitividade do país.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (24), na 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, as reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo Dilma, ambos precisam refletir o peso dos países emergentes e em desenvolvimento.

A demora nessas reformas reduz a legitimidade e eficácia desses organismos, alertou a presidente.

Dilma disse que é preocupante a representação limitada do Conselho de Segurança da ONU diante dos novos desafios do século 21, o que aumenta a necessidade de uma reforma “urgente”, o que vem sendo pedido desde a Cúpula Mundial de 2005.

“Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje”.

A presidente usou como exemplo da falta de representatividade do atual Conselho de Segurança a grande dificuldade de oferecer solução para o conflito sírio e a “paralisia” no tratamento da questão Israel-Palestina.

“Urge dotar o conselho de vozes ao mesmo tempo independentes e construtivas. Somente a ampliação do número de membros permanentes e não permanentes, e a inclusão de países em desenvolvimento em ambas as categorias, permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do conselho”.


O Conselho de Segurança é o único órgão do sistema internacional capaz de adotar decisões obrigatórias para todos os Estados que são membros da ONU, podendo, inclusive, autorizar intervenção militar para garantir a execução de suas resoluções.

Dos 15 países do conselho, cinco são membros permanentes – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – e dez são rotativos, ficando dois anos no órgão e sendo substituídos. O voto negativo de apenas um membro permanente configura veto a uma eventual resolução do conselho.

Em relação ao FMI, Dilma traçou um panorama da economia mundial. A presidente disse que, passada a fase mais aguda da crise, ela ainda continua frágil, com níveis de desemprego “inaceitáveis”, alcançando a marca de 200 milhões de pessoas nessa situação, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A presidente ressaltou que o fenômeno atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento e que é preciso reforçar as tendências de crescimento da economia que dá sinais de recuperação.

“Os países emergentes, sozinhos, não podem garantir a retomada do crescimento global. Mais do que nunca, é preciso uma ação coordenada para reduzir o desemprego e restabelecer o dinamismo do comércio internacional.

Estamos todos no mesmo barco”, disse Dilma. O Brasil, segundo ela, conta com três linhas para a recuperação econômica: compromisso com políticas macroeconômicas sólidas, manutenção de políticas sociais inclusivas e adoção de medidas para aumentar sua produtividade e, consequentemente, a competitividade do país.

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