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Dilma acusa rivais de semear ódio na campanha

A petista se diz vítima de uma central de boatos

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2010 às 15h14.

Carapicuíba - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, acusou neste sábado a campanha de seu rival José Serra (PSDB) de semear ódio na disputa eleitoral. "Nessa eleição, nós vimos gente semeando ódio. Nós não semeamos ódio. Nós queremos a paz e amor", discursou Dilma durante evento em Carapicuíba, na Grande São Paulo, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citar nomes.

Na campanha do segundo turno, a petista tem se dito vítima de uma central de boatos com ataques e injúrias, que, acusa, seria patrocinada por tucanos. Lula também fez um rápido discurso. Voltou a acusar Serra de "armação" durante incidente na quarta-feira no qual foi atingido na cabeça por um objeto.

"Tentaram fazer uma armação para dizer que nós somos violentos, e a prova maior é que eu perdi em 1989, 1994 e 1998, e cada vez que eu perdi, não havia ataque ou jogo sujo entre os adversários", afirmou Lula.

Na quarta-feira, durante caminhada no Rio de Janeiro, Serra foi atingido na cabeça por um objeto que, segundo a campanha tucana, teria sido arremessado por militantes do PT. Segundo o PSDB, Serra teria sido atingido por dois objetos. O primeiro deles, exibido por imagens da televisão, se parece com uma bolinha de papel. O segundo, de acordo com tucanos, teria sido um objeto "pesado" que levou o tucano a cancelar sua agenda do dia e passar por exames médicos.
 


Após a exibição das primeiras imagens, Lula acusou Serra de "farsa". "Eles que falam em democracia não sabem perder", disse Lula referindo-se aos tucanos. Nesta manhã, ao final de carreata do PT em Diadema, militantes petistas e tucanos chegaram a se encontrar, mas não houve incidente.

Dilma nega denúncias

A presidenciável do PT negou denúncias de que teria pedido dossiês ao secretário Nacional de Justiça, Pedro Abramovay. "Eu nego terminantemente esse tipo de conversa em véspera de eleição. Gostaria que houvesse comprovação de que eu fiz isso", disse Dilma a jornalistas após evento de campanha em Carapicuíba, na Grande São Paulo, que teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Repudio esse tipo de acusação absolutamente sem provas. Não me coloquem no meio de práticas que eu não tenho", afirmou a candidata. Reportagem da revista Veja que chegou às bancas no sábado traz o que seria uma conversa de Abramovay com seu antecessor, Romeu Tuma Júnior, no qual se queixa de frequentes pedidos de dossiês feitos por Dilma e por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula.

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