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Dez anos após Katrina, Nova Orleans aumenta proteção

O Katrina é considerado o terceiro furacão mais forte a atingir os Estados Unidos na história, com ventos que passaram de 220 quilômetros por hora.

Em 29 de agosto de 2005, o Katrina deixou 85% da cidade de Nova Orleans inundada. (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2015 às 11h12.

Dez anos depois do furacão Katrina, um projeto de infraestrutura orçado em US14,5 bilhões foi erguido para proteger a cidade de Nova Orleans dos efeitos de novas tempestades.

Engenheiros do exército dos Estados Unidos desenharam e executaram a obra, que incluiu a construção de paredes contra inundação para impedir que a água de dois rios entre pelos canais da cidade.

Diques e fundações foram reforçados e estações de bombeamento agora ajudam a drenar a água durante tempestades.

Outro projeto em andamento é a recuperação dos pântanos do Golfo do México. Financiado pelo governo do estado de Louisiana, a iniciativa vai custar US$ 50 bilhões. Desse total, US$ 6,8 bilhões serão pagos pela empresa de petróleo britânica BP, responsável por um vazamento de óleo na área há cinco anos.

Cientistas acreditam que os pântanos são barreiras naturais que ajudam a amortecer a intensidade de furacões.

O Katrina é considerado o terceiro furacão mais forte a atingir os Estados Unidos na história, com ventos que passaram de 220 quilômetros por hora. Em 29 de agosto de 2005, o Katrina deixou 85% da cidade de Nova Orleans inundada.

Grande parte do município fica abaixo do nível do mar e o sistema de diques, que protegia a cidade, se rompeu e agravou a situação.

Além de Nova Orleans, em Louisiana, o furacão deixou prejuízos e inundações no Mississipi e no Alabama. Apenas poucos dias depois, outro furacão, o Rita, voltou a atingir o Golfo do México e dificultou ainda mais o trabalho das equipes de resgate.

A passagem do Katrina provocou 1.833 mortes. Estatísticas apontam que o furacão causou US$ 151 milhões em estragos.

Desigualdade

Apesar dos esforços de reconstrução, ainda há muito o que recuperar na cidade. No bairro de Lower Ninth Ward, na área leste de Nova Orleans, de maioria negra, apenas 37% dos moradores conseguiram voltar para casa.

As pessoas dependem do trabalho de voluntários da para conseguir reconstruir o que foi destruído. A Organização Não Governamental Lowernine ajuda na recuperação do bairro.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , visitou Nova Orleans na última quinta-feira (27) para lembrar os dez anos da tragédia.

Obama disse que os efeitos do Katrina foram agravados pela demora do governo em agir em algumas regiões e que o furacão expôs as desigualdades que vitimizam especialmente os mais pobres e os afro-americanos.

“Parte de nosso objetivo sempre foi o de não apenas ajudar [Nova Orleans] a se recuperar da tempestade, mas também que comecemos a lidar com algumas das desigualdades estruturais que existiam muito antes da tempestade”, disse.

Editor Luana Lourenço

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Dez anos depois do furacão Katrina, um projeto de infraestrutura orçado em US14,5 bilhões foi erguido para proteger a cidade de Nova Orleans dos efeitos de novas tempestades.

Engenheiros do exército dos Estados Unidos desenharam e executaram a obra, que incluiu a construção de paredes contra inundação para impedir que a água de dois rios entre pelos canais da cidade.

Diques e fundações foram reforçados e estações de bombeamento agora ajudam a drenar a água durante tempestades.

Outro projeto em andamento é a recuperação dos pântanos do Golfo do México. Financiado pelo governo do estado de Louisiana, a iniciativa vai custar US$ 50 bilhões. Desse total, US$ 6,8 bilhões serão pagos pela empresa de petróleo britânica BP, responsável por um vazamento de óleo na área há cinco anos.

Cientistas acreditam que os pântanos são barreiras naturais que ajudam a amortecer a intensidade de furacões.

O Katrina é considerado o terceiro furacão mais forte a atingir os Estados Unidos na história, com ventos que passaram de 220 quilômetros por hora. Em 29 de agosto de 2005, o Katrina deixou 85% da cidade de Nova Orleans inundada.

Grande parte do município fica abaixo do nível do mar e o sistema de diques, que protegia a cidade, se rompeu e agravou a situação.

Além de Nova Orleans, em Louisiana, o furacão deixou prejuízos e inundações no Mississipi e no Alabama. Apenas poucos dias depois, outro furacão, o Rita, voltou a atingir o Golfo do México e dificultou ainda mais o trabalho das equipes de resgate.

A passagem do Katrina provocou 1.833 mortes. Estatísticas apontam que o furacão causou US$ 151 milhões em estragos.

Desigualdade

Apesar dos esforços de reconstrução, ainda há muito o que recuperar na cidade. No bairro de Lower Ninth Ward, na área leste de Nova Orleans, de maioria negra, apenas 37% dos moradores conseguiram voltar para casa.

As pessoas dependem do trabalho de voluntários da para conseguir reconstruir o que foi destruído. A Organização Não Governamental Lowernine ajuda na recuperação do bairro.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , visitou Nova Orleans na última quinta-feira (27) para lembrar os dez anos da tragédia.

Obama disse que os efeitos do Katrina foram agravados pela demora do governo em agir em algumas regiões e que o furacão expôs as desigualdades que vitimizam especialmente os mais pobres e os afro-americanos.

“Parte de nosso objetivo sempre foi o de não apenas ajudar [Nova Orleans] a se recuperar da tempestade, mas também que comecemos a lidar com algumas das desigualdades estruturais que existiam muito antes da tempestade”, disse.

Editor Luana Lourenço

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