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Detectado nível de estrôncio 130 vezes superior ao normal em Fukushima

Elemento pode causar câncer e fica depositado nos ossos dos contaminados

Amostra de terra foi extraída no dia 18 de abril a cerca de 500 metros dos reatores 1 e 2 (Divulgação/Tepco)

Amostra de terra foi extraída no dia 18 de abril a cerca de 500 metros dos reatores 1 e 2 (Divulgação/Tepco)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 07h02.

Tóquio - A Tokyo Electric Power (Tepco) informou nesta segunda-feira (horário local de Tóquio) que detectou níveis de estrôncio radioativo 130 vezes acima do normal no solo da central nuclear de Fukushima, informa a rede japonesa "NHK".

O estrôncio pode provocar câncer e tende a se depositar nos ossos uma vez que é inalado.

A Tepco, empresa que opera a usina de Fukushima, detectou 570 bequerels de estrôncio-90 por quilo de terra em amostras tomadas em três pontos diferentes das instalações da central.

A amostra de terra foi extraída no dia 18 de abril a cerca de 500 metros dos reatores 1 e 2, cujos sistemas de refrigeração ficaram gravemente danificados pelo terremoto e pelo devastador tsunami do dia 11 de março.

A Tepco também detectou 4.400 becquerels de estrôncio-89 por quilo de terra nessas mesmas amostras.

No mês de março já se detectou estrôncio na terra e em plantas em áreas a mais de 30 quilômetros da usina nuclear de Fukushima Daiichi.

Segundo o diretor do Centro de Análise Químicas japonês, Yoshihiro Ikeuchi, as pessoas poderiam inalar estrôncio se a substância for removida pelo vento, embora as quantidades seriam muito limitadas.

Ikeuchi acrescenta que os níveis atuais de estrôncio não serão um problema para os técnicos da central que usarem máscaras, mas que é necessário medir e fazer um acompanhamento dos níveis no ar.

Funcionários da Tepco entraram também no prédio do reator 1 da usina nuclear de Fukushima para tentar restaurar seu sistema de refrigeração.

Os operários entraram por volta das 4h20 local desta segunda-feira (16h20 de Brasília deste domingo) e permaneceram em seu interior por cerca de meia hora para medir o nível de radiação sob a supervisão da Agência de Segurança Nuclear japonesa.

O Japão não conseguiu ainda controlar a situação em Fukushima, após o terremoto de 9 graus e o tsunami, que causou 25 mil vítimas entre mortos e desaparecidos.

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