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Deputados franceses retomam debate sobre passaporte de vacinação

O projeto de lei irá remover a opção de mostrar um teste negativo, barrando efetivamente pessoas não vacinadas de estabelecimentos de hospitalidade ou trens

França: uma vez votada na Assembleia, a nova lei precisa ir para aprovação no Senado, antes de entrar em vigor no dia 15 de janeiro (AFP/AFP)

França: uma vez votada na Assembleia, a nova lei precisa ir para aprovação no Senado, antes de entrar em vigor no dia 15 de janeiro (AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 06h54.

Autoridades do governo francês prometeram nesta terça-feira colocar em prática até meados de janeiro uma lei para impedir que pessoas que não se vacinaram sejam atendidas em estabelecimentos, apesar do projeto ter encontrado um problema regimental no Parlamento durante a noite.

"15 de janeiro continua sendo nossa meta" para que a lei entre em vigor, afirmou o ministro para Assuntos Europeus, Clement Beaune, ao canal LCI television.

Até agora a França adotou um passaporte sanitário da Covid-19, o que significa que, para poder entrar em restaurantes, cafés ou cinemas ou ainda embarcar em trens, as pessoas precisam mostrar um teste negativo recente, ou prova de vacinação.

O projeto de lei irá remover a opção de mostrar um teste negativo, barrando efetivamente pessoas não vacinadas de estabelecimentos de hospitalidade ou trens.

A legislação enfrenta resistência feroz de ativistas antivacinas, mas é apoiada pelo governo, que tem maioria no Parlamento.

Discussões tensas no Parlamento sobre a nova lei foram suspensas após a meia-noite na segunda-feira, após a maioria dos deputados votar pela suspensão da sessão. Parlamentares governistas foram surpreendidos, e não estavam presentes na Câmara em números suficientes para impedir a moção.

Os diretores de vários grupos parlamentares precisam agora estabelecer uma nova data para a retomada dos debates, afirmou Annie Genevard, vice-presidente da Assembleia Nacional, a Câmara Baixa do Parlamento.

Uma vez votada na Assembleia, a nova lei precisa ir para aprovação no Senado, antes de entrar em vigor no dia 15 de janeiro.

"O ministro das Relações com o Parlamento e os membros do Parlamento irão discutir o cronograma hoje. Podemos ter a Assembleia Nacional e o Parlamento trabalhando durante o final de semana para acelerar. Precisamos agir rápido", disse Beaune.

A proposta de endurecer as regras enfureceu ativistas antivacina. Alguns parlamentares que apoiam a medida dizem que estão sendo submetidos a agressões, incluindo vandalismo e ameaças violentas.

As autoridades de saúde francesas registraram quase 300.000 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde.

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