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Deputada holandesa pede fronteiras fechadas para evitar "Eurábia"

De acordo com a deputada, "esta imigração deve chegar ao fim porque é preciso proteger bem as fronteiras"

Holanda: os jovens muçulmanos representam "uma ameaça real pelas diferenças de cultura e religião", disse Berckmoes (Markus Bernet/Creative Commons)

Holanda: os jovens muçulmanos representam "uma ameaça real pelas diferenças de cultura e religião", disse Berckmoes (Markus Bernet/Creative Commons)

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EFE

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 16h58.

Haia - A deputada liberal holandesa Ybeltje Berckmoes pediu nesta quinta-feira o "fechamento das fronteiras aos homens jovens" que chegam do norte da África e do Oriente Médio para evitar que a Europa "se transforme em Eurábia".

Os jovens muçulmanos, especialmente "as grandes quantidades de homens que chegam à Europa", representam "uma ameaça real pelas diferenças de cultura e religião", disse Berckmoes, do Partido Popular pela Liberdade e pela Democracia (VVD), ao qual pertence o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, em entrevista a uma emissora local.

De acordo com a deputada, "esta imigração deve chegar ao fim porque é preciso proteger bem as fronteiras".

Berckmoes considerou que "a fé islâmica é uma fé de violência" e disse que o profeta "Maomé é um senhor da guerra, inclusive na Arábia Saudita".

A chegada de jovens muçulmanos é uma tentativa de "misturar culturas que não podem se misturar" e isso resultará a "conversão da Europa em Eurábia", argumentou.

Estas declarações geraram grande rejeição dentro do VVD e seus colegas de partido tentaram se distanciar destes comentários.

Um dos líderes do partido, Halbe Zijlstra, respondeu imediatamente ao comentar que "isso explica por que (Berckmoes) não está na lista" do partido para as próximas eleições gerais do dia 15 de março.

Berckmoes ocupou um assento no parlamento holandês durante os últimos quatro anos.

As declarações da deputada colocam mais lenha na fogueira, após uma polêmica carta divulgada por Rutte no mês passado, na qual pedia "aos que não aceitam os valores holandeses" para saírem do país.

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