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Denúncias de fraude não mudarão resultado das eleições na Rússia

Segundo o governo, se comprovadas, as fraudes representariam apenas 0,5% do número total de votos

Na véspera, o presidente russo, Dmitri Medvedev, expressou as divergências em relação às críticas da oposição nas manifestações contra o resultado das eleições (AFP)

Na véspera, o presidente russo, Dmitri Medvedev, expressou as divergências em relação às críticas da oposição nas manifestações contra o resultado das eleições (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 07h30.

Moscou - O governo russo considera que as fraudes denunciadas pela oposição nas eleições legislativas não representam motivo para alterar os resultados do pleito, declarou o porta-voz de Vladimir Putin.

"Mesmo se somarmos todos esses supostos testemunhos, isso diz respeito apenas a mais ou menos 0,5% do número total de votos. Portanto, mesmo que seja contestado na justiça, isso não questiona a legitimidade da votação ou dos resultados definitivos", afirmou Dmitri Peskov.

Na véspera, o presidente russo, Dmitri Medvedev, expressou as divergências em relação às críticas formuladas pela oposição nas manifestações sem precedentes de sábado contra o resultado das eleições legislativas de 4 de dezembro.

"Não concordo com as faixas nem com as declarações dos manifestantes", disse Medvedev, segundo a agência Interfax, em referência às denúncias de fraudes generalizadas na apuração dos votos para beneficiar o Rússia Unida, partido governista liderado pelo primeiro-ministro Vladimir Putin.

As manifestações de sábado reuniram mais de 50.000 pessoas, que exigiram novas eleições.

Medvedev recordou que os russos são livres para expressar suas opiniões em manifestações nas ruas, desde que não violem as leis.

"As pessoas têm o direito de expressar suas opiniões, e isto foi o que aconteceu ontem (sábado). É bom que tudo tenha acontecido dentro da lei", disse.

O presidente russo já havia defendido as eleições e determinou investigações de violações específicas à lei eleitoral denunciadas pela imprensa russa e por observadores estrangeiros.

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