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Demóstenes diz a senadores que provará inocência

Ele avisou ontem ao presidente eleito, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) que apresentaria alguns questionamentos regimentais

Demóstenes Torres, senador pelo DEM: "tem que desarmar os bandidos e não os cidadãos de bem" (Antonio Cruz/ABr)

Demóstenes Torres, senador pelo DEM: "tem que desarmar os bandidos e não os cidadãos de bem" (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 14h22.

Brasília - O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) disse hoje (12), no Conselho de Ética, que provará sua inocência sobre as denúncias de envolvimento em um esquema de exploração de jogos ilícitos em Goiás e Brasília, comandado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Ele avisou ontem (11) ao então presidente interino e agora eleito, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) que apresentaria alguns questionamentos regimentais sobre a reunião de terça-feira (10). Demóstenes disse aos senadores do conselho que apresentará no prazo de dez dias úteis, definido por Valadares, sua resposta por escrito e mais adiante comparecerá para se defender pessoalmente e provar sua inocência no caso.

"Aqui quero me defender no mérito, quero provar minha inocência no mérito. Até agora não tive oportunidade,e o foro competente é esse e eu o farei e provarei que sou inocente", disse o senador pelo estado de Goiás. Demóstenes Torres frisou que ao comparecer no Conselho de Ética será "contundente" nas suas argumentações. Por causa das denúncias que tiveram como base as investigações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, Demóstenes Torres se viu obrigado a pedir afastamento do Democratas, partido do qual era líder, e agora é investigado pelo Conselho de Ética do Senado.

Apesar de já esperada pelo senadores do conselho, a presença de Demóstenes Torres surpreendeu os parlamentares do colegiado. Demóstenes fez questão de chegar ao Senado como sempre ocorreu antes das denúncias, pelo elevador privativo que interliga a garagem e o corredor das comissões e gabinetes que também dá acesso ao plenário. Ele evitou falar com os jornalistas na entrada e na saída, logo após apresentar uma breve argumentação regimental sobre a condução da reunião do dia 10.

Ele disse que sua presença não representaria qualquer questionamento das decisões tomadas pelo conselho na terça-feira. Ao contrário, considerou um "alerta" sobre questões regimentais que teriam sido ignoradas. "Em nenhum momento me aproveitarei de qualquer atitude que não tenha sido feita dentro do regimento e adianto que me considero notificado desde ontem e que os prazos eu obedecerei independente do que eu fizer neste instante".

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