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Democratas querem que tradutora de Trump em encontro com Putin deponha

Parlamentares dizem que mulher que traduziu reunião para Trump poderia fornecer informações críticas sobre o que aconteceu

Donald Trump: há crescente sentimento de alarde sobre a cúpula privada em Helsinque entre o presidente dos Estados Unidos e o russo Vladimir Putin (Lehtikuva/Antti Aimo-Koivisto/Reuters)

Donald Trump: há crescente sentimento de alarde sobre a cúpula privada em Helsinque entre o presidente dos Estados Unidos e o russo Vladimir Putin (Lehtikuva/Antti Aimo-Koivisto/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de julho de 2018 às 17h37.

Última atualização em 19 de julho de 2018 às 19h16.

Parlamentares democratas pressionaram nesta quarta-feira o Congresso americano a intimar a tradutora de Donald Trump, em meio a um crescente sentimento de alarde sobre a cúpula privada em Helsinque entre o presidente dos Estados Unidos e o russo Vladimir Putin.

Os dois presidentes participaram de uma negociação a portas fechadas de duas horas sem que ninguém mais além de seus respectivos tradutores estivesse presente. Os democratas dizem que a mulher que traduziu para Trump - e as notas que ela provavelmente tomou durante a reunião - poderia fornecer informações críticas sobre o que aconteceu.

"Queremos que a tradutora compareça ao comitê. Queremos ver as anotações", disse à MSNBC o senador Bob Menendez, principal democrata do Comitê de Relações Exteriores do Senado.

"Nós faremos um grande esforço para tentar chegar ao que aconteceu".

Legisladores de ambos os lados da arena política expressaram preocupação - e até mesmo indignação - sobre a atitude positiva de Trump com Putin durante a entrevista coletiva dos dois na segunda-feira após a reunião.

Os senadores Richard Blumenthal e Jeanne Shaheen também pediram que a tradutora testemunhe.

Shaheen disse que a audiência pode ajudar os legisladores e o povo americano a "determinar o que foi especificamente discutido e acordado em nome dos Estados Unidos".

O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Bob Corker, disse que entende o pedido e está "analisando o precedente" para ver se é viável.

É bastante provável que a Casa Branca derrube o pedido e invoque a prerrogativa executiva, argumentando que nenhum presidente é obrigado a revelar conversas privadas e que um assessor, como um tradutor, também não deve ser forçado a fazê-lo.

"Eles não são políticos. Eles são, em alguns casos, pessoas contratadas", disse Corker a repórteres.

"E se você começar a fazer esse tipo de coisa, no futuro qualquer nota poderá ser pega?"

Corker disse que uma opção melhor seria convocar o secretário de Estado Mike Pompeo, que esteve em Helsinque com Trump e provavelmente foi informado pelo presidente sobre as discussões da cúpula.

Pompeo deve depor para a comissão no dia 25 de julho.

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