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Democratas lançam agenda econômica visando eleições de 2018

O plano democrata foi construído sobre três objetivos fundamentais: criar empregos, elevar os salários e reduzir os custos de vida

Eleições: "Mostraremos ao país que o partido que está junto da classe trabalhadora é o nosso" (Frank Polich/Getty Images)
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EFE

Publicado em 24 de julho de 2017 às 17h41.

Washington - O Partido Democrata dos Estados Unidos lançou nesta segunda-feira uma ambiciosa e agressiva agenda econômica para melhorar as condições salariais dos trabalhadores, criar mais empregos e reduzir os custos de vida no país, uma proposta que une moderados e progressistas para tentar uma vitória nas eleições legislativas de 2018.

O plano foi apresentado hoje pelo líder do partido no Senado, Chuck Schumer, e da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, que estavam acompanhados de outros parlamentares em um evento realizado em Berryville, na Virgínia.

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Apelando à classe trabalhadora, Schumer explicou que o plano democrata foi construído sobre três objetivos fundamentais: criar empregos, elevar os salários e reduzir os custos de vida.

"Mostraremos ao país que o partido que está junto da classe trabalhadora é o nosso", disse os senador aos presentes.

O líder da minoria democrata no Senado destacou que o presidente dos EUA, Donald Trump, baseou sua campanha em um discurso populista para os trabalhadores, mas os abandonou quando chegou à Casa Branca.

"Tão rápido como tomou posse, os abandonou para beneficiar as grandes fortunas", criticou o senador.

Schumer reconheceu que o sistema atual acumulou riqueza na mão de poucos, reduziu a geração de emprego e provocou uma disparada nos custos de vida das cidades americanas.

Para combater essa realidade, explicou Pelosi, os democratas têm um pacote político para criar dez milhões de empregos em cinco anos. Será uma "ambiciosa e agressiva agenda econômica baseada em fortes valores, mas ideias frescas", afirmou.

A congressista pela Califórnia falou sobre a importância de romper os monopólios que elevam os preços dos bens de consumo e fornecer aos americanos ferramentas que lhes permitam ter sucesso no século XXI.

Após a derrota de Hillary Clinton nas eleições de novembro, os democratas usaram os últimos meses na busca de uma nova estratégia e mensagem, que deve também se adaptar ao particular estilo do presidente Donald Trump.

"O nosso plano começa criando milhões de empregos tempo integral bem pagos, investindo diretamente na infraestrutura e priorizando pequenas empresas e empresários, em vez de cortar impostos dos interesses especiais", afirma o texto dos democratas.

"Vamos limitar o comércio exterior injusto e lutar contra as empresas que enviam postos de trabalho americanos para o exterior. Vamos lutar para garantir um salário digno para todos os americanos e cumprir nossa promessa a milhões que pagaram por uma pensão, um seguro social e um Medicare, para que as pessoas mais velhas possam se aposentar com dignidade", acrescenta o documento.

Quanto aos custos familiares ordinários, os democratas disseram que buscam reduzir o impacto dos remédios receitados, bem como os preços do ensino superior e universitário, permitindo assim ampliar as oportunidades dos mais jovens.

"Reprimiremos os monopólios e a concentração do poder econômico que gerou preços mais altos para os consumidores, os trabalhadores e as pequenas empresas. Garantiremos que Wall Street nunca volte a pôr em risco Mosel Street", indicaram os democratas, em referência às pequenas cidades dos EUA, que costumam ter ruas com esse nome.

Os democratas não só perderam a Casa Branca com a derrota de Hillary. Também no Senado e na Câmara dos Representantes, os republicanos conseguiram manter a maioria e controlam as duas casas.

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