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Democratas fazem novo debate, agora com Bloomberg no palco pela 1ª vez

A corrida presidencial do Partido Democrata não para de surpreender. E agora é a vez do empresário Michael Bloomberg mostrar a que veio

BLOOMBERG: empresário foi confirmado no debate somente nesta terça-feira, após atingir intenções de voto suficientes / REUTERS/Go Nakamura/File Photo

BLOOMBERG: empresário foi confirmado no debate somente nesta terça-feira, após atingir intenções de voto suficientes / REUTERS/Go Nakamura/File Photo

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 06h43.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2020 às 07h18.

São Paulo — A disputa pela nomeação do Partido Democrata para as eleições americanas está quente. Tão quente que está difícil até conseguir apostar em um nome como líder absoluto da corrida. A situação deve ficar ainda mais competitiva a partir desta quarta-feira, 18, com um novo debate entre os principais candidatos antes da primária de Nevada, que acontece a partir do próximo sábado, 22.

Até agora, houve uma surpresa em cada uma das duas prévias democratas. Em Iowa — na primeira e tumultuada votação que teve os resultados atrasados –, o mundo viu o novato Pete Buttigigeg, ex-prefeito no estado de Indiana, praticamente empatar com Bernie Sanders e deixar medalhões como Elizabeth Warren e Joe Biden para trás.

Em New Hampshire, o estado seguinte, a senadora de Minnesota, Amy Klobuchar, que sequer havia aparecido entre no topo das pesquisas de opinião, alcançou uma respeitável terceira posição — enquanto Sanders venceu, mas novamente seguido de perto por Buttigigeg.

Para essa edição do debate, a maior novidade será a presença do bilionário e ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Será a primeira vez que o magnata pisa no palco para um debate.

Um sinal de que suas campanhas milionárias nas televisões de todo o país estão surtindo algum efeito. Também participam do debate nesta quarta Joe Biden, Pete Buttigieg, Amy Klobuchar, Bernie Sanders e Elizabeth Warren.

A confirmação da participação de Bloomberg aconteceu aos 45 do segundo tempo: somente nesta terça-feira o candidato conseguiu atender aos requisitos estabelecidos pela Comitê Nacional Democrata. As exigências foram ganhar ao menos um delegado em Iowa ou New Hampshire, ou ao menos 10% das intenções de voto em quatro pesquisas nacionais. Foi nessa última que Bloomberg se qualificou.

O empresário também se beneficiou de uma mudança nas regras, que antes exigiam ainda que candidatos tivessem recebido doações de mais de 100.000 apoiadores individuais para provar apoio popular.

O ex-prefeito da cidade de Nova York tem 19% das intenções de voto em uma pesquisa nacional conduzida pela NPR/PBS Newshour/Marist e divulgada nesta terça-feira.

Bloomberg está atrás apenas de Bernie Sanders, que ficou com 31% da preferência dos eleitores. Joe Biden, que parece não conseguir fazer a sua candidatura colar, aparece em terceiro, com 15%.

Apesar da impressionante posição de Bloomberg nas pesquisas, é cedo para cravar que sua campanha financiada do próprio bolso será capaz de alavancá-lo nas prévias a tempo de colocá-lo como um pré-candidato forte aos olhos dos delegados nacionais para a convenção estadual de julho.

Além disso, apesar da participação no debate de Nevada, seu nome não estará nas urnas de votação, assim como não esteve nas prévias anteriores. O magnata vem usando uma estratégia de se concentrar na chamada “Super Terça”, em 3 de março, quando uma série de estados realizam primárias.

O empresário precisa correr e muito, inclusive porque seu nome não estará nas urnas de Nevada e nem da Carolina do Sul — Bloomberg vem adotando a estratégia de se concentrar na chamada “Super Terça” Ele já gastou cerca de 300 milhões de dólares até aqui, muito mais do que os outros candidatos. Será que estará disposto a gastar mais?

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