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Democratas contestarão vitória de Trump em Colégio Eleitoral

Os votos do Colégio Eleitoral devem ser abertos antes de uma sessão conjunta do Congresso dos EUA no que é considerado uma formalidade nas eleições

Colégio Eleitoral: a líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, disse que as preocupações com o ataque cibernético russo coloca uma mancha sobre a eleição de 2016 (Jonathan Ernst/Reuters)

Colégio Eleitoral: a líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, disse que as preocupações com o ataque cibernético russo coloca uma mancha sobre a eleição de 2016 (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 17h40.

Washington - Parlamentares do Partido Democrata dos Estados Unidos planejavam contestar a vitória de Donald Trump no Colégio Eleitoral nesta sexta-feira, em uma medida amplamente simbólica que não deve avançar no Congresso de maioria republicana, mas que expõe o desânimo em torno da disputada campanha presidencial.

Os votos do Colégio Eleitoral devem ser abertos antes de uma sessão conjunta do Congresso dos EUA no que é considerado uma formalidade para a maioria das eleições presidenciais.

Embora Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, tenha conquistado mais que os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para vencer a democrata Hillary Clinton, a democrata ganhou na votação popular, com 3 milhões de votos a mais que o republicano.

A eleição foi ofuscada por preocupações sobre tentativas russas de influenciar o resultado eleitoral a favor de Trump.

A deputada Sheila Jackson Lee, do Texas, planeja entregar uma objeção aos votos do Colégio Eleitoral entregues por seu Estado, confirmou um porta-voz.

O site Politico informou que possíveis contestações podem vir também do democrata Ed Perlmutter, do Colorado, Bobby Scott, da Virginia, John Conyers, de Michigan, e Jamie Raskin, de Maryland.

Um membro do Congresso precisa pelo menos de um senador para apoiar a objeção e suspender a sessão conjunta, enquanto a Câmara dos Deputados e o Senado se reúnem separadamente para discutir o assunto.

Lideranças democratas da Câmara disseram não ter conhecimento de que qualquer senador tenha se alinhado aos esforços neste sentido.

No entanto, o deputado Steny Hoyer disse à CNN que espera que vários democratas levantem a questão do suposto ataque cibernético da Rússia contra grupos de democratas durante a campanha presidencial, além de questionarem se havia informação legítima disponível para os eleitores quando eles votaram em Trump.

A líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, disse que as preocupações com o ataque cibernético russo coloca uma mancha sobre a eleição de 2016.

"É por isso que as pessoas têm hoje algum nível de desânimo sobre a eleição... sobre o Colégio Eleitoral", disse Pelosi em entrevista coletiva. "Quanto se sabe sobre a interferência estrangeira na eleição?"

Membros do Colégio Eleitoral se reuniram no mês passado nas 50 capitais estaduais para depositarem seus votos para presidente e para entregá-los ao Congresso.

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