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Democratas apresentam lei para evitar pergunta por cidadania em censo

Os democratas apresentaram a proposta como resposta aos "esforços de incluir uma pergunta sobre a cidadania" no censo de 2020

Trump: o presidente já opinou que o sistema permite uma "fraude maciça de votos" (Leah Millis/Reuters)

Trump: o presidente já opinou que o sistema permite uma "fraude maciça de votos" (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de março de 2018 às 18h39.

Washington - Um grupo de senadores democratas apresentou nesta quinta-feira uma proposta de lei na Câmara de Representantes dos Estados Unidos que evitaria que o governo de Donald Trump pudesse introduzir no censo uma pergunta sobre cidadania ou status migratório.

Segundo informaram em comunicado, os progressistas apresentaram a proposta como resposta aos "esforços de incluir uma pergunta sobre a cidadania" no censo de 2020.

Se essa pergunta for introduzida, os legisladores opositores consideraram que "reduziria a participação entre os lares imigrantes" no censo.

"O censo federal não é uma ferramenta para satisfazer à base (eleitoral) do presidente", enfatizou o senador Bob Menendez, que esteve acompanhado pelos seus companheiros de Câmara e partido Cory Booker e Maizie Hirono.

Nesta linha, o legislador comentou que é "incrível" ter de apresentar "uma legislação para prevenir que este governo politize o censo com seus sentimentos anti-imigrantes e que contamine o processo de redistribuição (de distritos) para favorecer seu partido".

"Acrescentar esta pergunta teria um impacto devastador na participação das minorias e no financiamento futuro de programas que impactam nas comunidades mais necessitadas", ressaltou, por sua vez, Hirono, que convocou os demais legisladores a apoiar à proposta, copatrocinada por outros 11 senadores democratas.

A medida é uma reação a uma informação divulgada pela plataforma ProPublica em dezembro do ano passado, que afirmou que o Departamento de Justiça tinha pedido ao Escritório do Censo para incluir uma questão sobre a cidadania no registro, alegando que era essencial para fazer cumprir a lei.

Trump expressou em múltiplas ocasiões seu convencimento de que no país o sistema permite uma "fraude maciça de votos", o que se materializou na criação de uma comissão para estudar este aspecto, embora finalmente tenha decidido acabar com ela em janeiro.

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