DEM recorre a tucanos para evitar efeito Kassab
Alckmin não tem interesse no fortalecimento da posição política do prefeito, que pode se tornar seu adversário na campanha pelo governo paulista em 2014
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2011 às 10h39.
São Paulo - Numa tentativa de minimizar as baixas políticas que a desfiliação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, poderá provocar no DEM, o comando do partido pretende recorrer a tucanos aliados, como os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO), além do senador mineiro Aécio Neves.
“Não haverá debandada no DEM”, afirmou um dirigente do partido ao jornal O Estado de S. Paulo. Em São Paulo, Alckmin não tem interesse no fortalecimento da posição política de Kassab, um adversário em potencial numa eventual campanha pelo governo paulista em 2014. O governador anda bastante insatisfeito com as articulações do prefeito para mudar de partido, principalmente o flerte com o PSB, legenda que compõe a sua base em São Paulo e que tem um secretário, Márcio França (Turismo).
Assim, a cúpula do DEM acredita que o tucano pode influenciar na permanência de deputados federais, estaduais e, principalmente, prefeitos que estudam a possibilidade de seguir Kassab na sua saída do DEM.
Dos oito deputados federais da bancada paulista do DEM, a direção do partido pretende garantir a permanência de seis. O comando da legenda dá como certa a manutenção de dois deles (Jorge Tadeu Mudalen e Alexandre Leite) e acredita que deve perder outros dois (Rodrigo Garcia e Guilherme Campos). A ajuda de Alckmin seria determinante para manter Junji Abe, Eli Correia Filho, Eleuses Paiva e Walter Ihoshi. Todos os quatro podem pender tanto para um lado quanto para outro, a depender do esforço da articulação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.