Bruxelas - A balança comercial da zona do euro registrou um déficit de 23,9 bilhões de euros entre janeiro e agosto, crescimento de 56% sobre os 15,3 bilhões do mesmo período do ano anterior, indicaram os dados divulgados nesta sexta-feira pelo escritório comunitário de estatística, o Eurostat.

Nos oito primeiros meses do ano, as exportações dos países do euro aumentaram 15% com relação ao mesmo período de 2010, a 1,130 trilhão, enquanto as importações subiram 16%, a 1,154 trilhão.

No mês de agosto, a balança comercial da zona do euro deixou um déficit de 3,4 bilhões, quase a metade do registrado no mesmo mês do ano precedente (6,3 bilhões).

Em julho, o comércio exterior teve um saldo positivo de 2,5 bilhões, abaixo dos 4,6 bilhões de um ano antes.

No conjunto da União Europeia, a balança comercial deixou um déficit de 108,1 bilhões nos oito primeiros meses do ano, 11% menos que o registrado um ano antes (120,7 bilhões).

Em agosto, o comércio exterior dos 27 países do bloco alcançou um déficit de 17,8 bilhões, inferior ao saldo negativo de 19,2 bilhões do mesmo mês de 2010.

Por setores, o déficit energético nos sete primeiros meses do ano alcançou 217,2 bilhões na UE, frente ao saldo negativo de 170,3 bilhões no ano anterior.

O excedente da atividade industrial, por outro lado, aumentou de 98,1 bilhões em 2010 para 137,8 bilhões neste ano.

Entre seus principais parceiros comerciais, o excedente comercial da UE com os Estados Unidos aumentou para 42,5 bilhões, frente aos 38,9 bilhões do ano anterior, enquanto com a Turquia subiu de 9,3 bilhões para 15,2 bilhões.

O déficit comercial com a Rússia aumentou de 33,5 bilhões para 43,9 bilhões, com a Noruega subiu de 21,8 bilhões para 27,9 bilhões e com a China se manteve praticamente estável, indo de 86,8 bilhões para 87 bilhões.

Entre os países do bloco, os maiores excedentes comerciais foram registrados por Alemanha (88,9 bilhões), Holanda (26,5 bilhões) e Irlanda (25 bilhões); enquanto os déficits mais significativos foram de Reino Unido (66,5 bilhões), França (51,2 bilhões) e Espanha (26,6 bilhões). EFE