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Defesa dos EUA diz que Rússia usa estratégia errada na Síria

Questionado pelos jornalistas, o chefe do Pentágono reiterou que os EUA não estão dispostos a dialogar com a Rússia se a estratégia atual for mantida


	Ashton Carter, novo secretário de Defesa dos EUA: Carter também confirmou que, até agora, Washington não recebeu nenhum pedido de Moscou para colaborar
 (Jung Yeon-Je/AFP)

Ashton Carter, novo secretário de Defesa dos EUA: Carter também confirmou que, até agora, Washington não recebeu nenhum pedido de Moscou para colaborar (Jung Yeon-Je/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 10h50.

Roma - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, afirmou nesta quarta-feira, na Itália, que a Rússia utiliza uma estratégia equivocada em sua ofensiva aérea na Síria e reiterou que Washington não colaborará com Moscou enquanto os bombardeios prosseguirem.

As declarações de Carter foram dadas após uma reunião com a ministra da Defesa da Itália, Roberta Pinotti. Questionado pelos jornalistas, o chefe do Pentágono reiterou que os EUA não estão dispostos a dialogar com a Rússia se a estratégia atual for mantida, mas destacou que há disposição para "tentar regras que tornem mais seguro o trabalho dos pilotos que sobrevoam a Síria".

Carter também confirmou que, até agora, Washington não recebeu nenhum pedido de Moscou para colaborar.

Os EUA afirmam que os ataques aéreos russos na Síria estão ocorrendo em regiões que não estão sob controle do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e alertaram do risco de esses bombardeios provocarem uma escalada militar na guerra civil do país.

A Rússia começou há uma semana a bombardear o território sírio com o pretexto de atacar o EI, mas fontes da oposição moderada síria denunciaram que também foram alvos da ofensiva aérea.

Carter se reuniu com Roberta em Roma e, na entrevista coletiva realizada após o encontro, destacou o papel da Itália nas missões de resgate de imigrantes no Mediterrâneo e a importância do país como parceiro estratégico na Otan.

Quanto a uma possível participação da Itália em ataques aéreos no Iraque, a ministra explicou que as necessidades da coalizão internacional e do governo iraquiano estão sendo avaliadas, mas que as decisões sobre o assunto ainda não foram tomadas.

Roberta já tinha esclarecido ontem que qualquer intervenção no Iraque teria que ser aprovada no parlamento italiano.

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