Decreto de Trump pune quem combate terrorismo, diz premiê
Na sexta-feira, Trump assinou um decreto migratório proibindo a entrada por 90 dias aos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana
AFP
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 16h03.
Última atualização em 31 de janeiro de 2017 às 16h03.
O primeiro-ministro iraquiano , Haider Al-Abadi, criticou nesta terça-feira, em sua primeira reação sobre o tema, o decreto do presidente Donald Trump proibindo os iraquianos de entrar nos Estados Unidos, considerando que a medida pune aqueles que "combatem o terrorismo".
Durante uma coletiva de imprensa em Bagdá, o premiê, cujo país é um aliado próximo dos Estados Unidos, afirmou que este decreto "pune as pessoas que fazem sacrifícios, que combatem o terrorismo".
Com este decreto, segundo ele, é a vítima que é penalizada.
Na sexta-feira, o novo presidente americano assinou um decreto migratório proibindo a entrada por 90 dias aos Estados Unidos de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen) a fim de barrar, segundo ele, eventuais "terroristas islâmicos radicais".
O Parlamento e o ministério iraquiano das Relações Exteriores denunciaram esta decisão e pediram aos Estados Unidos que reveja sua posição.
Os EUA possuem mais de 4.800 soldados no Iraque e lideram uma coalizão internacional que apoia as forças iraquianas desde setembro de 2014 contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).