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Dados pessoais de leitores do jornal The Sun são roubados

A News International informou que alguns usuários podem ter tido dados como usuário, endereço de e-mail, data de nascimento e telefone subtraídos

No comunicado, a News International afirmou que trata com "extrema seriedade" a proteção de dados de seus usuários e trabalha com autoridades para encontrar soluções (William West/AFP)

No comunicado, a News International afirmou que trata com "extrema seriedade" a proteção de dados de seus usuários e trabalha com autoridades para encontrar soluções (William West/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 09h56.

Londres - Hackers roubaram em julho os dados pessoais de milhares de leitores que participaram de concursos e enquetes no site do jornal sensacionalista britânico The Sun, como publica nesta terça-feira o jornal The Guardian.

A News International, de Rupert Murdoch, proprietário da publicação, informou na segunda-feira à noite que alguns usuários podem ter tido dados como usuário, endereço de e-mail, data de nascimento e telefone subtraídos, embora os dados financeiros não tenham sido comprometidos, informa "The Guardian".

"Contatamos o senhor porque acreditamos que algumas informações fornecidas ao nosso site podem ter sido subtraídas e publicadas na internet, alertou por e-mail a companhia aos clientes.

Assinalou que no dia 19 de julho houve um "ataque organizado" contra o site do The Sun, o mais lido do Reino Unido com tiragem de 2,5 milhões de exemplares.

No comunicado, a News International, do conglomerado de Murdoch News Corporation, afirmou nesta terça-feira que trata com "extrema seriedade" a proteção de dados de seus usuários e trabalha conjuntamente com as autoridades para "solucionar o problema".

Em 19 de julho, o grupo de hackers LulzSec reivindicou o ataque ao site do The Sun que direcionou os visitantes a uma notícia falsa sobre a suposta morte de Rupert Murdoch.

Parte dos dados pessoais subtraídos está em um fórum da internet. O usuário que teria colocado as informações na página nega qualquer envolvimento com o grupo de hackers.

Além do The Sun e outras publicações, a News International editava até três semanas atrás o dominical News of the World, que foi fechado após o escândalo do uso de grampos telefônicos como método para conseguir exclusivas.

Uma investigação parlamentar sobre o escândalo mostrou que a News International pediu a uma empresa que apagasse centenas de milhares de e-mails trocados desde abril de 2010.

Os advogados da companhia HCL, contratada para cuidar das informações da News International, confirmaram as informações em carta enviada à Comissão de Interior dos Comuns.

Segundo a empresa, nos últimos meses receberam nove pedidos para apagar e-mails em massa da News International.

O presidente da comissão, o parlamentar Keith Vaz, demonstrou "surpresa com o fato de tantos e-mails e informações possam ter sido apagadas antes do início do ano".

Em janeiro, a News International afirmou que faria todo o possível para cooperar com a Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres), que examina os arquivos da companhia em busca de provas sobre os grampos telefônicos e pagamentos à Polícia para conseguir notícias.

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