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Dados do emprego ajudam campanha de Obama

A criação de empregos esteve acima das previsões

O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa em evento na cidade de Austin, no Texas (Jim Young/Reuters)

O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa em evento na cidade de Austin, no Texas (Jim Young/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 21h57.

Washington - A economia norte-americana criou 163.000 novos postos em julho, de acordo com dados publicados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho, uma cifra sólida, que ajuda na campanha do presidente Barack Obama, apesar de a taxa de desemprego ter aumentado a 8,3%.

A criação de empregos esteve acima das previsões, o que fez com que o relatório fosse recebido como uma evidência de que a primeira economia do mundo segue no caminho da recuperação econômica.

"Este é um relatório positivo", disse Jason Schenker, da Prestige Economics.

"Finalmente tivemos alguns dados positivos quanto ao emprego", disse Nigel Gault, economista de IHS Global Insight. "O relatório deve aliviar os temores de que os Estados Unidos poderiam estar retomando o quadro recessivo", disse.

Os serviços, a manufatura, o setor alimentício e o de bebidas estiveram entre os que registraram os melhores dados, em um relatório que mostrou a maior criação de postos de trabalho mensal desde fevereiro.


A três meses das eleições, com uma campanha dominada pela economia e pelo emprego, os Estados Unidos contam oficialmente com 12,8 milhões de pessoas desempregadas, ou seja, 100.000 a mais que em junho.

O presidente norte-americano teve uma reação prudente ante as cifras.

"Ainda há muita gente buscando trabalho, temos que fazer muitos esforços por eles", afirmou Obama.

"Sabíamos quando comecei nesse posto que isso (uma recuperação) iria demorar um tempo. Não tínhamos uma crise econômica tão profunda nem tão dolorosa desde a década de 1930", afirmou.

A Casa Branca disse por sua vez que este relatório aporta mais "evidência de que a economia continua se recuperando após a pior crise desde a Grande Depressão".

O candidato republicano às presidenciais, Mitt Romney, criticou o aumento do desemprego em julho, que tocou a máxima desde fevereiro.


"O aumento da taxa de desemprego hoje é um golpe para as famílias de classe média que passam por dificuldades", afirmou o republicano em um comunicado, no qual prometeu criar 12 milhões de empregos em seu primeiro mandato. "Registramos 42 meses consecutivos com uma taxa de desemprego superior a 8%. A classe média norte-americana merece algo melhor", completou.

Contudo, as novas cifras de criação de emprego tornam difícil para Romney tirar o foco dos temas que o tem prejudicado nas encostas.

No mês passado, Romney foi criticado pela falta de transparência sobre sua declaração fiscal, seus negócios e seu plano de impostos, além de receber comentários negativos após sua visita a Reino Unido, Israel e Polônia.

Com isso, esta semana, uma sondagem da Universidade de Quinnipac/CDS News/The New York Times concedeu ao menos 50% da intenção de voto a Obama na Flórida, Pensilvânia (norte) e Ohio (norte), três estados considerados cruciais.

Os mercados reagiram bem aos dados. O Dow Jones Industrial Average subiu 1,2% na abertura e às 14H45 GMT (11H45 de Brasília) acumulava alta de 1,64%.

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