Cúpula do partido governante da Coreia do Sul anuncia renúncia
O motivo é a crise interna que a afeta o partido devido ao escândalo da "Rasputina coreana", que levou ao impeachment da presidente
EFE
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 09h07.
Seul - A cúpula do partido governante da Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira que renunciará na próxima semana por causa do grave escândalo que provocou a abertura do processo de impeachment da presidente do país, Park Geun-hye.
Todos os membros do órgão executivo do Partido Saenuri deixarão seus cargos na próxima quarta-feira, junto ao presidente da legenda, Lee Jung-hyun, e outros grandes nomes do grupo político que já tinham antecipado a renúncia.
O motivo é a crise interna que a afeta o partido devido ao escândalo da "Rasputina coreana", que levou o parlamento a aprovar o impeachment de Park na última sexta-feira. Deputados do próprio Saenuri votaram pelo afastamento da presidente.
Park está temporariamente fora do cargo. A decisão agora será tomada pelo Tribunal Constitucional, que deve decidir se ela pode voltar ou não ao cargo. O processo deve durar até seis meses.
A promotoria considera Park cúmplice do escândalo de corrupção comandado por Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina coreana". Amiga íntima da presidente e atualmente presa, ela é acusada de ter influenciado em assuntos do governo apesar de não ter cargo público e extorquido empresas para obter grandes quantias de dinheiro.
Park pediu desculpas publicamente em três ocasiões e prometeu que renunciaria antes do fim do mandato. No entanto, agora usa a imunidade política para se negar a ser interrogada pelos promotores.
Por causa do escândalo, o Saenuri se dividiu em uma facção fiel à presidência e outra contrária. Uma assembleia deve ser realizada na sexta-feira para escolher os novos líderes da legenda.