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Cubanos votam nas primeiras eleições municipais com oposição

Cubanos vão às urnas para eleger suas autoridades municipais, num pleito em que participam pela primeira vez dois oponentes ao governo comunista da ilha


	Bandeira de Cuba: em Cuba o voto não é obrigatório
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Bandeira de Cuba: em Cuba o voto não é obrigatório (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2015 às 14h17.

Os cubanos vão às urnas neste domingo para eleger suas autoridades municipais, num pleito em que participam pela primeira vez dois oponentes ao governo comunista da ilha - que vê a disputa como um ato de "verdadeira democracia".

Em um feito inédito - ignorado pela imprensa local, toda sob controle do Estado - dois opositores ao governo comunista, o advogado e jornalista independente Hildebrand Chaviano, 65 anos, e o técnico em informática Yuniel López, 26, aparecem na lista de candidatos de dois municípios de Havana.

"Esta é uma mensagem que o governo está recebendo", disse neste domingo à AFP Chaviano, que diz não acreditar que sua nomeação e a de Lopez signifiquem que o governo tenha "afrouxado as porcas do poder".

"Simplesmente nós escorregamos pela fresta deixada aberta e isso os pegou de surpresa. Agora, as pessoas votaram e isso não pode ser revertido", acrescentou.

Mais de oito milhões de cubanos maiores de 16 anos (em uma população de 11,1 milhões) são convidados a escolher 12.589 vereadores de uma lista de 30.000 candidatos pré-selecionados nas assembleias dos bairros.

A Comissão Nacional de Eleições pediu a defesa, com esta "ação de uma verdadeira democracia", o "direito dos cubanos a construir uma sociedade mais justa, sem interferências nem tutelas de qualquer tipo", em um comunicado lido na televisão antes da abertura das seções eleitorais às 9h (horário de Brasília).

Em Cuba o voto não é obrigatório, mas os partidários do governo chamam todos a participar, enquanto mantêm uma campanha midiática intensa chamando para as urnas.

As eleições deste domingo, que são realizadas a cada dois anos e meio, são o prelúdio para as eleições para as assembleias provinciais e a Assembleia Nacional (Parlamento), que deverão ser celebradas em 2018.

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