Havana - Cuba anunciou ontem (4) que vai realizar mudanças no setor agrícola com a eliminação de 6.441 cargos, o desaparecimento da União Nacional de Coleta (UNA, sigla em espanhol) e a flexibilização das cooperativas, que constituem a principal força agrícola da ilha.
O ministro da Agricultura, Gustavo Rodríguez Rollero, apresentou hoje um relatório ao plenário da Assembleia Nacional (Parlamento) sobre as reestruturações que serão feitas no sistema agrícola do país com o objetivo de aperfeiçoar o trabalho desse setor e aumentar sua produtividade.
Rodríguez Rollero disse que acontecerão mudanças no funcionamento, estrutura e composição dos sistemas estatal orçamentado, empresarial e cooperativo.
Entre as transformações previstas, se destaca a compactação de estruturas, o que levará a uma redução de 41% do pessoal administrativo do setor no órgão central e nas delegações provinciais e municipais.
Segundo o relatório, essa medida se traduzirá na eliminação de 6.441 cargos e em uma economia anual de uma quantia equivalente a mais de US$ 600 mil.
O ministro disse também que avalia a extinção da União Nacional de Coleta (UNA), uma organização de direção empresarial responsável pela comercialização e distribuição de produtos agrícolas.
A UNA, que administra atualmente 378 mercados agrícolas e outros 1.538 estabelecimentos denominados 'placitas', será integrada ao sistema de Comércio Interior, segundo o relatório.
Rodríguez Rollero também antecipou que serão flexibilizadas as funções das cooperativas, que reúnem 66% dos trabalhadores do setor e são responsáveis pela maior parte da produção agrícola e florestal de Cuba, para eliminar os impedimentos ao desenvolvimento agrícola.
O ministro também disse que existem planos para investir na logística das cadeias produtivas, desde os insumos do produtor até o cliente final.
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1. Onde não há paz
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1/18 (Khaled Khatib/AFP)
São Paulo - O Institute for Economics & Peace divulgou hoje (18) o seu novo ranking sobre a paz e a
guerra no mundo. O
Global Peace Index 2014 traz um relato dos países mais e menos pacíficos do mundo. A má notícia: o mundo está piorando. Os últimos sete anos - com o aumento de guerras civis, ataques de grupos terroristas e protestos - pioraram a situação, fazendo com que as últimas seis décadas de aumento da paz retrocedessem.
Entre os piores, os países da África e do Oriente Médio dominam. A Síria, que vive há quatro anos uma guerra civil, é a mais violenta. Mas há representantes europeus (como Rússia e Ucrânia) e latinoamericanos (como Colômbia) entre os menos pacíficos. O Brasil aparece em uma posição intermediária, em 91º. Ele é considerado "médio" na questão da paz. Já os países europeus são os mais pacíficos, com
Islândia no topo. Veja a seguir os 20 países menos pacíficos. Primeiro, a pontuação de cada um, de 1 a 5. Quanto maior o número, pior. Em seguida, quanto do PIB nacional é gasto por conta das guerras e conflitos.
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2. 1. Síria
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2/18 (ALEPPO MEDIA CENTRE/AFP)
A
Síria vivie uma sangrenta guerra civil desde 2011. O conflito de quatro anos já deixou mais de 150 mil mortos e mais de um milhão de refugiados. Bashar al-Assad se recusa a deixar o poder, lutando contra rebeldes divididos em vários grupos. Até armas químicas já foram usadas.
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3. 2. Afeganistão
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3/18 (Romeo Gacad/AFP)
Deteriorado por conflitos desde a guerra civil nos anos 1970 e a invasão soviética, o
Afeganistão piorou muito com a guerra americana em 2001, desencadeada pelos ataques de 11 de setembro. Osama Bin Laden já está morto desde 2011 (no Paquistão, aliás), mas tropas dos EUA continuam no país e grupos extremistas continuam a ganhar poder.
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4. 4. Iraque
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4/18 (Reprodução/Twiiter)
Destroçado pela ditadura de Saddam Hussein, o Iraque não melhorou após a invasão americana e a derrubada do ditador. Conflitos étnicos se intensificaram e grupos extremistas se fortaleceram, entre eles a Al Qaeda iraquiana e, agora o
EIIL.
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5. 6. Sudão
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5/18 (EBRAHIM HAMID/AFP/Getty Images)
O conflito interno no
Sudão continua, mesmo com a separação do Sudão do Sul. Há um outro grupo libertário rebelde, no norte. Eles disputam uma região rica em petróleo.
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6. 7. República Centro-Africana
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6/18 (Eric Feferberg/AFP)
A República Centro-Africana vive um conflito desde 2012, iniciado por conta de problemas não-resolvidos desde a guerra civil, anos antes. Rebeldes continuam a lutar com o governo criado no acordo de paz de 2007.
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7. 9. Paquistão
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7/18 (Sallah Jan/AFP)
Várias regiões do
Paquistão vivem em conflito, por conta da presença de grupos terroristas, como o
Taleban paquistanês. Ainda há conflitos com a Índia.
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8. 10. Coreia do Norte
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8/18 (Reuters/KCNA)
Apesar de não viver uma guerra civil ou uma guerra externa, o país, extretamente fechado, condiciona seus cidadãos a uma ditadura degradante, onde centenas de milhares estão pesos em campos de trabalho forçado. Execucões sumárias não são raras.
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9. 11. Rússia
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9/18 (Genya Savilov/AFP)
A
Rússia vive um conflito com a Ucrânia. Desde que Putin reconheceu o referendo na
Crimeia e anunciou que agora a região fazia parte da Rússia, nacionalistas ucranianos e separatistas pró-Rússia lutam em uma guerra civil sem prazo para acabar.
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10. 12. Nigéria
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10/18 (Afolabi Sotunde/Reuters)
O país nunca se recuperou totalmente da Biafra, a guerra civil que durou de 1967 a 1970.
Recentemente, o grupo terrorista Boko Haram intensificou a briga com forças do governo após sequestrar centenas de garotas.
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11. 13. Colômbia
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11/18 (ALEJANDRA PARRA / Bloomberg)
Com altos índices de roubos e assassinatos, a
Colômbia há muito tempo luta contra o narcotrático. Também, com as
Farc.
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12. 14. Israel
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12/18 (Baz Ratner)
Israel, desde sua criação, vive em conflito e tensão com seus vizinhos. São constantes os problemas na Faixa de Gaza, Cisjordânia e com a
Palestina.
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13. 15. Zimbábue
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13/18 (John Moore/Getty Images)
Robert Mugabe, que criou o novo país, nos anos 1970, continua até hoje no poder. Problemas políticos e disputas pelo poder ameaçam o país de uma guerra civil.
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14. 16. Iêmen
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14/18 (REUTERS/Stringer)
O
Iêmen mergulhou em uma grande revolta em 2011 e 2012, na Primavera Árabe. Mas o país é ameçado pela forte presença de grupos terroristas e da Al Qaeda.
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15. 18. Guiné-Bissau
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15/18 (STR/AFP/Getty Images)
O país vive em tensão desde um golpe de estado em 2012. O governo tenta se reestruturar após as revoltas.
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16. 19. Índia
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16/18 (REUTERS/Danish Ismail)
O país tem questões não resolvidas com a China e também com o Paquistão, por conta da Caxemira. Protestos são constantes por conta de vários problemas: ondas de estupro, morte de crianças por merendas escolares envenenadas.
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17. 20. Egito
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17/18 (AFP)
Após as revoltas da
Primavera Árabe, o governo criado não aguentou a continuidade dos protestos de diferentes grupos. O presidente Mohamed Mursi foi deposto. Além disso, a
Irmandade Muçulmana quer controlar o país e criar um estado islâmico.
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18. Agora veja onde podem ocorrer os próximos genocídios
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18/18 (Thaer Al Khalidiya/Reuters)
Detalhou que para impulsionar o desenvolvimento da produção agrícola deve haver o aumento do financiamento externo e do investimento estrangeiro direto.
O plano de reformas do presidente cubano, Raúl Castro, para 'atualizar' o modelo econômico socialista inclui a 'reorganização' do setor agrícola para aumentar a produção de alimentos, um tema considerado de 'segurança nacional', pois o país dedica cerca de US$ 2 bilhões por ano para importar 80% dos mantimentos que consome.
Segundo dados do próprio Ministério da Agricultura, 60% dos alimentos importados podem ser produzidos na ilha.
Uma das reformas econômicas mais importantes empreendidas pelo governo no setor agrícola é o plano de distribuição de terras em usufruto, mas sua exploração ainda não produziu os resultados esperados.
Cuba conta na atualidade com 6,3 milhões de hectares de terrenos agrícolas, dos quais 2,64 milhões possuem cultivos, e foram distribuídos em usufruto mais de 1,5 milhão de hectares desde a aprovação dessa medida no ano de 2008.
Os debates do terceiro período ordinário de sessões da oitava legislatura da Assembleia Nacional cubana terminam amanhã com a análise de temas da economia nacional e a prestação de contas da Controladoria Geral da República.