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Cuba quer oferecer vacina própria contra covid-19 a turistas estrangeiros

País prevê receber 100.000 turistas nos últimos 45 dias de 2021

Cuba: durante a pandemia, país sofreu um duro golpe econômico pela ausência de visitantes. (YAMIL LAGE / Colaborador/Getty Images)
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AFP

Publicado em 19 de outubro de 2021 às 21h44.

Cuba se prepara para abrir as portas ao turismo internacional em meados de novembro com a eliminação da quarentena obrigatória e com planos para oferecer suas vacinas contra a covid-19 aos viajantes, informou nesta terça-feira (19) o Ministério do Turismo da ilha.

"Estamos trabalhando para ver se é possível oferecer as vacinas para todos os clientes que nos visitarem", afirmou o ministro de Turismo, Juan Carlos García, em coletiva de imprensa.

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Cuba, que durante a pandemia sofreu um duro golpe econômico pela ausência de visitantes e prevê receber 100.000 turistas nos últimos 45 dias de 2021, aproveitará o fato de contar com vacinas de produção própria.

Com esse produto, "podemos ter um atributo diferenciador de outros destinos" turísticos do mundo, disse o ministro à AFP ao término da coletiva.

"Se não for possível até o dia 15 [de novembro]", quando serão abertas as fronteiras, o serviço de vacinas para turistas estará funcionando até 20 de novembro, ou até 1º de dezembro, antecipou.

A oferta de vacinas, no entanto, não estará sujeita a pacotes turísticos e dependerá de requisição dos viajantes.

"As pessoas não vêm [por um período longo], se você for tomar a Soberana 02 [...] o vacinamos, lhe oferecemos outro tratamento de bem-estar, de qualidade de vida e lhe damos um frasco com as outras duas doses para que você possa levar", explicou García.

O imunizante é administrado em três doses a cada 28 dias, duas da Soberana 02 e uma terceira da Soberana Plus. Esta última também poderá ser uma opção para pacientes convalescentes que requerem apenas uma aplicação, assinalou.

As vacinas cubanas contra o coronavírus Soberana 02, Soberana Plus e Abdala contam com autorização de uso emergencial da autoridade regulatória de medicamentos de Cuba. Além disso, o governo já solicitou à OMS sua aprovação.

Com cerca de 11,2 milhões de habitantes, Cuba se abrirá após registrar uma redução significativa de casos e óbitos por covid-19 nas últimas semanas, somando até esta terça-feira 938.577 diagnósticos e 8.101 mortes desde o início da pandemia em 2020.

Até 17 de outubro, 6.790.452 cubanos já tinham recebido o ciclo completo de vacinação, segundo dados do Ministério de Saúde, que prevê que 90% da população vacinável esteja imunizada em novembro.

García também anunciou a eliminação dos testes PCR obrigatórios na chegada ao aeroporto, mas manterá uma testagem aleatória aos viajantes. Os turistas deverão portar o passaporte de saúde ou um teste PCR negativo feito com até 72 horas de antecedência da chegada.

A indústria turística de Cuba, que é vital para a economia da ilha, colapsou desde que a pandemia de covid-19 começou. No primeiro semestre do ano passado, o país recebeu apenas 21,8% dos turistas em comparação com o mesmo período de 2020 (1.239.099 visitantes).

Para 2022, o governo espera 2 milhões de turistas, uma cifra que ainda está muito abaixo dos 4 milhões que ingressavam anualmente no país antes da pandemia.

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