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Cuba não fará um giro capitalista, promete Díaz-Canel

Nova Carta Magna do país reconhecerá a propriedade privada, o mercado e o investimento estrangeiro como parte da economia socialista

Miguel Díaz-Canel: "Esperem de nós apenas esforços e decisões em apoio a lutar, unir, somar, multiplicar, organizar, combater e triunfar. Nunca haverá espaço para dividir nem fraquejar" (Marco Bello/Reuters)
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AFP

Publicado em 17 de julho de 2018 às 20h09.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel , garantiu nesta terça-feira (17) que seu país não se tornará capitalista, quando se prepara para uma reforma constitucional que reconhece o mercado e a propriedade privada como parte da economia da Ilha socialista.

"Em Cuba não há e nem haverá giros capitalistas nem concessões de nenhum tipo aos que de mil modos diferentes buscam nos afastar das históricas posições internacionalistas da revolução", disse Díaz-Canel, no último dia de reuniões do 24º Foro de São Paulo, que ocorre em Havana.

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"Esperem de nós apenas esforços e decisões em apoio a lutar, unir, somar, multiplicar, organizar, combater e triunfar. Nunca haverá espaço para dividir nem fraquejar", afirmou o novo governante cubano, garantindo que a Ilha "não cederá em suas posições anti-imperialistas".

Díaz-Canel sucedeu Raúl Castro no poder em 19 de abril e é o primeiro presidente sem patente militar a assumir a liderança no país em 60 anos de revolução.

Sua gestão é responsável por continuar com as reformas na economia de modelo soviético, iniciadas por seu antecessor em 2008. Como parte disso, a Assembleia Nacional planeja reformar a Constituição de 1976.

A nova Carta Magna reconhecerá a propriedade privada, o mercado e o investimento estrangeiro como parte da economia socialista, dominada em sua maioria por empresas estatais.

A nova Constituição será submetida a um referendo nacional.

"A Revolução Cubana manterá no alto seus princípios de solidariedade e internacionalismo. Hoje, todos somos Fidel (Castro, líder da revolução morto em 2016) e nosso lema para sempre será: "Pátria ou morte, venceremos!" - insistiu Díaz-Canel, que compareceu ao Foro com seus colegas Nicolás Maduro, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, e Salvador Sánchez Cerén, de El Salvador.

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