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Cuba liberta 53 pessoas que EUA considerava presos políticos

Cuba completou processo de libertação das 53 pessoas consideradas presas políticas pelos EUA, segundo o Departamento de Estado

O presidente cubano Raúl Castro: dissidentes cubanos não puderam confirmar imediatamente a informação (Enrique de La Osa/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 16h56.

Washington - Cuba completou o processo de libertação das 53 pessoas consideradas presos políticos pelos Estados Unidos , anunciou nesta segunda-feira o Departamento de Estado, que saudou a iniciativa como "um passo muito positivo" para as relações bilaterais.

Dissidentes cubanos não puderam confirmar imediatamente as 53 libertações, mas também afirmaram que se trata de uma atitude positiva, enquanto o governo cubano e a imprensa da ilha, sob controle estatal, não se pronunciaram sobre o assunto.

"O governo de Cuba nos comunicou que completou a libertação de 53 presos políticos que se comprometeu a libertar", disse um alto funcionário do Departamento de Estado, que pediu anonimato.

"Saudamos este passo muito positivo e estamos satisfeitos que o governo de Cuba tenha cumprido seu compromisso", completou.

Segundo o funcionário, "a Sessão de Interesses em Havana pôde verificar a libertação dos presos".

O Departamento de Estado não revelou os 53 nomes, mas a fonte disse que essas pessoas estavam presas "por exercer direitos internacionalmente protegidos ou a promoção de reformas políticas e sociais em Cuba".

Essas libertações acontecem em meio à decisão bilateral de reatamento das relações diplomáticas. Mas, embora os Estados Unidos tenham admitido que discutiram a lista dos presos libertados com Cuba, a libertação não foi o cerne das negociações.

"Normalização passa por direitos humanos"

A líder das opositoras Damas de Branco cubanas, Berta Soler, pediu que os dois governos publiquem a lista dos presos que foram soltos.

"Realmente não sabemos quem são os 53 libertados. Quarenta e um saíram da prisão. Onde estão os outros 12? Além disso, o governo não os libertou, eles saíram com liberdade condicional, enquanto que os três espiões (cubanos) presos libertados pelos Estados Unidos estão nas ruas sem condições, e têm as mãos manchadas de sangre", declarou Soler à AFP.

"Estou contente que eles estejam na rua, mas não foram libertados", acrescentou.

"Acho positivo que essas libertações tenham sido feitas, quase em tempo recorde. Na minha opinião, são um sinal de que o governo cubano está levando a sério a normalização das relações com os Estados Unidos", disse o dissidente moderado Manuel Cuesta Morúa.

"Também acho um sinal importante de que o governo cubano parece entender que o processo de normalização passa pelo tema dos direitos humanos", afirmou Cuesta à AFP.

Melhora gradual das relações

Na sexta-feira, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, elogiou "significativa" libertação de 35 pessoas nesta semana e adiantou que mais pessoas seriam soltas.

Estados Unidos e Cuba surpreenderam o mundo em 17 de dezembro ao anunciar o fim de mais de 50 anos de enfrentamentos para iniciar um difícil e longo processo de normalização das relações diplomáticas.

A iniciativa cubana de libertar essas 53 pessoas constitui o passo mais importante para a histórica reunião das delegações de alto nível dos dois países que será realizada nos dias 21 e 22 de janeiro em Havana.

A delegação americana no encontro de 21 e 22 de janeiro será encabeçada pela subsecretária de Estado para o Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, que será a mais alta autoridade americana a visitar Cuba em décadas.

O chefe da diplomacia americana, John Kerry, adiantou que quer ser "o primeiro secretário de Estado a viajar para Cuba" desde a ruptura das relações em 1961.

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"Saudamos este passo muito positivo e estamos satisfeitos que o governo de Cuba tenha cumprido seu compromisso", completou.

Segundo o funcionário, "a Sessão de Interesses em Havana pôde verificar a libertação dos presos".

O Departamento de Estado não revelou os 53 nomes, mas a fonte disse que essas pessoas estavam presas "por exercer direitos internacionalmente protegidos ou a promoção de reformas políticas e sociais em Cuba".

Essas libertações acontecem em meio à decisão bilateral de reatamento das relações diplomáticas. Mas, embora os Estados Unidos tenham admitido que discutiram a lista dos presos libertados com Cuba, a libertação não foi o cerne das negociações.

"Normalização passa por direitos humanos"

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"Realmente não sabemos quem são os 53 libertados. Quarenta e um saíram da prisão. Onde estão os outros 12? Além disso, o governo não os libertou, eles saíram com liberdade condicional, enquanto que os três espiões (cubanos) presos libertados pelos Estados Unidos estão nas ruas sem condições, e têm as mãos manchadas de sangre", declarou Soler à AFP.

"Estou contente que eles estejam na rua, mas não foram libertados", acrescentou.

"Acho positivo que essas libertações tenham sido feitas, quase em tempo recorde. Na minha opinião, são um sinal de que o governo cubano está levando a sério a normalização das relações com os Estados Unidos", disse o dissidente moderado Manuel Cuesta Morúa.

"Também acho um sinal importante de que o governo cubano parece entender que o processo de normalização passa pelo tema dos direitos humanos", afirmou Cuesta à AFP.

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Estados Unidos e Cuba surpreenderam o mundo em 17 de dezembro ao anunciar o fim de mais de 50 anos de enfrentamentos para iniciar um difícil e longo processo de normalização das relações diplomáticas.

A iniciativa cubana de libertar essas 53 pessoas constitui o passo mais importante para a histórica reunião das delegações de alto nível dos dois países que será realizada nos dias 21 e 22 de janeiro em Havana.

A delegação americana no encontro de 21 e 22 de janeiro será encabeçada pela subsecretária de Estado para o Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, que será a mais alta autoridade americana a visitar Cuba em décadas.

O chefe da diplomacia americana, John Kerry, adiantou que quer ser "o primeiro secretário de Estado a viajar para Cuba" desde a ruptura das relações em 1961.

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