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Cuba e EUA anunciam progresso em negociações

Funcionários cubanos e americanos realizaram uma segunda rodada de investigações para normalizar as relações, e ambos os lados anunciaram progresso

Cuba: uma das exigências da ilha comunista é ser removida de uma lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 21h22.

Washington - Funcionários cubanos e norte-americanos realizaram uma segunda rodada de negociações nesta sexta-feira para normalizar as relações bilaterais e os dois lados anunciaram um bom progresso, apesar de não definirem uma data para renovar os laços diplomáticos rompidos pelos EUA há 54 anos.

Uma das exigências da ilha comunista é ser removida de uma lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo. Mas os EUA disseram que embora estejam revendo o lugar de Cuba na lista, a designação não deve ser vinculada às negociações sobre o restabelecimento das relações e a abertura de embaixadas.

A chefe da delegação cubana, Josefina Vidal, disse que a remoção de Cuba desta lista de terrorismo não era uma pré-condição para a renovação das relações diplomáticas, mas acrescentou que era uma "questão muito importante" e uma prioridade para seu país.

As conversações em Washington resultaram da decisão histórica anunciada pelo dois inimigos da Guerra Fria em dezembro para normalizar as relações, incluindo a abertura de embaixadas e uma troca de prisioneiros.

"Nós fizemos progressos", disse Vidal, chefe da divisão norte-americana do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, a jornalistas após a reunião. Já houve uma primeira rodada de discussões em Havana no mês passado.

Ela disse que ainda não há uma data para a próxima reunião, mas que os dois lados manterão contato e que estava otimista sobre mais avanços nas próximas semanas em relação à questão da lista de terrorismo.

Havana diz que as sanções dos EUA sobre os bancos que fazem negócios com países designados na lista impedem a ilha de realizar atividades diplomáticas em território norte-americano. Os dois países, politicamente em desacordo desde logo após a revolução de Cuba em 1959, atualmente fazem negócios via seções de interesses nas respectivas capitais.

Os EUA esperam chegar a um acordo sobre a reabertura das embaixadas até a Cúpula das Américas de 10 a 11 de abril no Panamá, onde o presidente norte-americano, Barack Obama, e o líder cubano, Raúl Castro, podem se encontrar pela primeira vez desde que anunciaram o acordo em 17 de dezembro.

A chefe da delegação norte-americana nas negociações, a secretária-assistente de Estado, Roberta Jacobson, disse a repórteres em resposta a uma pergunta: "Eu acho que nós podemos conseguir este feito em tempo para a Cúpula das Américas." Jacobson considerou a reunião desta sexta-feira "produtiva e encorajadora". Ela observou que Cuba e os EUA irão realizar uma série de trocas nas próximas semanas sobre questões incluindo os um esforço dos EUA para aumentar a capacidade de conexão à Internet de Cuba.

Mais cedo, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que restabelecer relações diplomáticas era um processo técnico envolvendo um conjunto "bastante normal" de negociações, enquanto que a designação de patrocínio de terrorismo era um processo separado, "e não uma negociação".

"É uma avaliação feita de acordo com um conjunto muito rígido de exigências, a mando do Congresso, que tem que ser abordada separadamente e está sendo abordada separadamente", afirmou Kerry. Ele acrescentou que "nada será feito a respeito da lista até a avaliação estar concluída".

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Washington - Funcionários cubanos e norte-americanos realizaram uma segunda rodada de negociações nesta sexta-feira para normalizar as relações bilaterais e os dois lados anunciaram um bom progresso, apesar de não definirem uma data para renovar os laços diplomáticos rompidos pelos EUA há 54 anos.

Uma das exigências da ilha comunista é ser removida de uma lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo. Mas os EUA disseram que embora estejam revendo o lugar de Cuba na lista, a designação não deve ser vinculada às negociações sobre o restabelecimento das relações e a abertura de embaixadas.

A chefe da delegação cubana, Josefina Vidal, disse que a remoção de Cuba desta lista de terrorismo não era uma pré-condição para a renovação das relações diplomáticas, mas acrescentou que era uma "questão muito importante" e uma prioridade para seu país.

As conversações em Washington resultaram da decisão histórica anunciada pelo dois inimigos da Guerra Fria em dezembro para normalizar as relações, incluindo a abertura de embaixadas e uma troca de prisioneiros.

"Nós fizemos progressos", disse Vidal, chefe da divisão norte-americana do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, a jornalistas após a reunião. Já houve uma primeira rodada de discussões em Havana no mês passado.

Ela disse que ainda não há uma data para a próxima reunião, mas que os dois lados manterão contato e que estava otimista sobre mais avanços nas próximas semanas em relação à questão da lista de terrorismo.

Havana diz que as sanções dos EUA sobre os bancos que fazem negócios com países designados na lista impedem a ilha de realizar atividades diplomáticas em território norte-americano. Os dois países, politicamente em desacordo desde logo após a revolução de Cuba em 1959, atualmente fazem negócios via seções de interesses nas respectivas capitais.

Os EUA esperam chegar a um acordo sobre a reabertura das embaixadas até a Cúpula das Américas de 10 a 11 de abril no Panamá, onde o presidente norte-americano, Barack Obama, e o líder cubano, Raúl Castro, podem se encontrar pela primeira vez desde que anunciaram o acordo em 17 de dezembro.

A chefe da delegação norte-americana nas negociações, a secretária-assistente de Estado, Roberta Jacobson, disse a repórteres em resposta a uma pergunta: "Eu acho que nós podemos conseguir este feito em tempo para a Cúpula das Américas." Jacobson considerou a reunião desta sexta-feira "produtiva e encorajadora". Ela observou que Cuba e os EUA irão realizar uma série de trocas nas próximas semanas sobre questões incluindo os um esforço dos EUA para aumentar a capacidade de conexão à Internet de Cuba.

Mais cedo, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que restabelecer relações diplomáticas era um processo técnico envolvendo um conjunto "bastante normal" de negociações, enquanto que a designação de patrocínio de terrorismo era um processo separado, "e não uma negociação".

"É uma avaliação feita de acordo com um conjunto muito rígido de exigências, a mando do Congresso, que tem que ser abordada separadamente e está sendo abordada separadamente", afirmou Kerry. Ele acrescentou que "nada será feito a respeito da lista até a avaliação estar concluída".

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