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Cuba condena agressões a chanceleres da Venezuela e Bolívia

A chanceler da Venezuela afirmou ter sido agredida por um policial e um funcionário ao chegar à reunião do Mercosul

Delcy Rodriguez: a ministra das Relações Exteriores da Venezuela esteve em Buenos Aires para participar de um encontro (Enzo De Luca/Cortesia da Presidência da Bolívia/Divulgação/Reuters)

Delcy Rodriguez: a ministra das Relações Exteriores da Venezuela esteve em Buenos Aires para participar de um encontro (Enzo De Luca/Cortesia da Presidência da Bolívia/Divulgação/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 13h44.

Havana - O Ministério das Relações Exteriores de Cuba condenou nesta quinta-feira as "agressões físicas" aos chanceleres da Venezuela, Delcy Rodríguez, e da Bolívia, David Choquehuanca, ao tentarem entrar em uma reunião do Mercosul realizada ontem no Ministério de Relações Exteriores e Culto da Argentina, e também pediu diálogo entre as partes.

"O Ministério das Relações Exteriores de Cuba recebeu com surpresa e indignação as informações de Buenos Aires sobre as agressões físicas contra as delegações de Venezuela e Bolívia, que compareceram a uma reunião do Mercosul", diz a nota.

A declaração de Cuba afirma que a "força policial e a violência desmedida" contra as comitivas de Venezuela e Bolívia constituem "um ato violatório das Convenções de Viena sobre as relações diplomáticas".

"Nada justifica o uso da agressão física em reunião internacional contra representantes oficiais de outros governos, sendo uma delas mulher", completou o comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba condenou o incidente e afirmou que nada teria ocorrido se as "compreensíveis exigências" da Venezuela tivessem sido atendidas.

Além disso, a nota pede diálogo e negociação, que todas as partes impeçam que "condutas próprias do fascismo e das ditaduras militares se repitam entre nações irmãs da nossa região".

Ontem, a ministra das Relações Exteriores da Venezuela esteve em Buenos Aires para participar de um encontro dos chanceleres do Mercosul.

O país foi suspenso em dezembro do bloco pelos demais membros - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - por não ter cumprido o determinado no Protocolo de Adesão. O governo de Nicolás Maduro disse que a decisão é ilegal.

Ao chegar à sede do Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina, Rodríguez afirmou que foi agredida por um policial e um funcionário que estava dentro do edifício, o que seria uma "vingança pessoal" do presidente Maurício Macri.

Já a Bolívia está em processo de adesão ao Mercosul.

Sob presidência temporária da Argentina, os membros do Mercosul se reunirão hoje em Montevidéu para iniciar um protocolo de resolução de conflitos e abordar a suspensão da Venezuela.

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