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Croácia relembra vítimas do holocausto em ato anti-fascista

O movimento fascista no país estabeleceu entre 1941 e 1945 uma política antissemita

Nazismo: o movimento fascista no país estabeleceu entre 1941 e 1945 uma política antissemita (Foto/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2016 às 14h23.

Jasenovac - As autoridades da Croácia homenagearam nesta sexta-feira as vítimas do campo de extermínio de Jasenovac, ativo durante a Segunda Guerra Mundial, em um ato que foi boicotado por alguns grupos que acusam o governo do país de tolerância em relação ao ressurgimento do movimento fascista "ustasha".

O primeiro-ministro croata, Tihomir Oreskovic, os vice-primeiros-ministros Tomislav Karamarko e Bozo Petrov, e o presidente do Parlamento, Zeljko Reiner, participaram da cerimônia em frente ao monumento chamado "Flor de Pedra", construído em 1966 em memória das vítimas de Jasenovac.

O monumento fica no terreno no qual durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) estava o citado campo de concentração, a cerca de cem quilômetros de Zagreb, no qual os membros da "ustasha" torturaram e massacraram mais de 83 mil sérvios, judeus, ciganos e croatas antifascistas.

O boicote das comunidades judaica, sérvia, e da Liga dos Antifascistas croatas, é um protesto por "eventos políticos relacionados com a relativização e revitalização do ustashismo", segundo explicaram seus protagonistas.

A "ustasha", movimento fascista liderado por Ante Pavelic, estabeleceu entre 1941 e 1945 um chamado "Estado Livre Croata", marionete dos nazistas, cujas políticas antissemitas, racistas e contrárias a todo esforço de oposição foi aplicada com similares critérios, incluindo a construção de campos de extermínio.

Os participantes do boicote consideram que o atual governo, conservador nacionalista e no poder desde o começo do ano, tolera, ou inclusive incita, o revisionismo histórico e a nostalgia do regime fascista "ustasha".

Ao protesto se uniu no último momento a única pessoa que, segundo estava previsto ia pronunciar um discurso: a última sobrevivente de Jasenovac, Pava Molnar, de 95 anos.

Seu emocionante discurso escrito foi, no entanto, lido nesta ocasião, assim como algumas das cartas preservadas de prisioneiros que depois morreram em campo, que tinham escrito a seus familiares e queridos.

No ato não esteve presente a presidente croata, a conservadora Kolinda Grabar-Kitarovic, que está fora do país e que no ano passado sentou um estranho precedente ao ser a primeira governante que não participou deste ato oficial.

A data da comemoração é o aniversário de uma tentativa desesperada de 600 prisioneiros de Jasenovac, no dia 22 de abril de 1945, de fugir do campo e de uma morte certa, do qual só sobreviveram 90.

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Jasenovac - As autoridades da Croácia homenagearam nesta sexta-feira as vítimas do campo de extermínio de Jasenovac, ativo durante a Segunda Guerra Mundial, em um ato que foi boicotado por alguns grupos que acusam o governo do país de tolerância em relação ao ressurgimento do movimento fascista "ustasha".

O primeiro-ministro croata, Tihomir Oreskovic, os vice-primeiros-ministros Tomislav Karamarko e Bozo Petrov, e o presidente do Parlamento, Zeljko Reiner, participaram da cerimônia em frente ao monumento chamado "Flor de Pedra", construído em 1966 em memória das vítimas de Jasenovac.

O monumento fica no terreno no qual durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) estava o citado campo de concentração, a cerca de cem quilômetros de Zagreb, no qual os membros da "ustasha" torturaram e massacraram mais de 83 mil sérvios, judeus, ciganos e croatas antifascistas.

O boicote das comunidades judaica, sérvia, e da Liga dos Antifascistas croatas, é um protesto por "eventos políticos relacionados com a relativização e revitalização do ustashismo", segundo explicaram seus protagonistas.

A "ustasha", movimento fascista liderado por Ante Pavelic, estabeleceu entre 1941 e 1945 um chamado "Estado Livre Croata", marionete dos nazistas, cujas políticas antissemitas, racistas e contrárias a todo esforço de oposição foi aplicada com similares critérios, incluindo a construção de campos de extermínio.

Os participantes do boicote consideram que o atual governo, conservador nacionalista e no poder desde o começo do ano, tolera, ou inclusive incita, o revisionismo histórico e a nostalgia do regime fascista "ustasha".

Ao protesto se uniu no último momento a única pessoa que, segundo estava previsto ia pronunciar um discurso: a última sobrevivente de Jasenovac, Pava Molnar, de 95 anos.

Seu emocionante discurso escrito foi, no entanto, lido nesta ocasião, assim como algumas das cartas preservadas de prisioneiros que depois morreram em campo, que tinham escrito a seus familiares e queridos.

No ato não esteve presente a presidente croata, a conservadora Kolinda Grabar-Kitarovic, que está fora do país e que no ano passado sentou um estranho precedente ao ser a primeira governante que não participou deste ato oficial.

A data da comemoração é o aniversário de uma tentativa desesperada de 600 prisioneiros de Jasenovac, no dia 22 de abril de 1945, de fugir do campo e de uma morte certa, do qual só sobreviveram 90.

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