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Croácia realizará referendo contra casamento gay

Em dezembro, os croatas decidirão com um referendo uma reforma constitucional para que o casamento fique definido como a união de um homem e uma mulher


	Croácia: associações a favor dos direitos dos homossexuais denunciaram que este tipo de referendo é discriminatório
 (Getty Images)

Croácia: associações a favor dos direitos dos homossexuais denunciaram que este tipo de referendo é discriminatório (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 12h44.

Zagreb - Os croatas decidirão com um referendo, previsto para ser realizado no próximo dia 1º de dezembro, uma reforma constitucional para que o casamento fique definido como a união de um homem e uma mulher, o que fecharia as portas para união entre pessoas do mesmo sexo.

"Está o senhor a favor que na Constituição se introduza a definição do casamento como união entre homem e mulher", essa é a pergunta da consulta, lançada a partir da iniciativa de uma associação católica que conseguiu reunir 740 mil assinaturas para solicitar essa mudança legal, que foi anunciada nesta sexta-feira.

As associações a favor dos direitos dos homossexuais, por outro lado, denunciaram que este tipo de referendo é discriminatório. Neste aspecto, o próprio primeiro-ministro da Croácia, o social-democrata Zoran Milanovic, qualificou a iniciativa dos grupos católicos como "homofóbica", "anticristã" e "mal-intencionada".

Tanto Milanovic como o presidente do país, Ivo Josipovic, anunciaram publicamente que votarão "não" nesta consulta.

De fato, o governo está estudando mudanças constitucionais para impedir que referendos sobre questões que afetam os direitos das minorias sejam aprovados no futuro.

O Executivo de centro-esquerda também preparou uma lei sobre casais homossexuais que lhes garantem todos os direitos dos casamentos, com exceção da adoção.

Por sua parte, a oposição conservadora respalda a mudança constitucional para vetar o casamento gay. Segundo a legislação vigente, essa reforma seja aprovada apenas com o respaldo da maioria simples dos participantes, independentemente da porcentagem do censo eleitoral que comparecerá às urnas.

As enquetes mostram que 54% dos cidadãos apoiam que a definição do casamento seja a da união entre um homem e uma mulher.

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